Ensaio clínico com a triflupromazina (Siquil) em psicóticos

Abstract

Desde o aparecimento da clorpromazina, foram sintetizados vários outros derivados fenotiazínicos. Esta busca de novos derivados marca a tendência atual da Psiquiatria de substituir os métodos biológicos clássicos (eletrochoque e insulinoterapia) por tratamentos farmacológicos. A aceitação dos novos medicamentos psicofarmacológicos foi motivada não só pela sua maior eficácia, mas, também, por trazerem menores riscos que a insulinoterapia e por serem menos traumatizantes psiquicamente que o eletrochoque. O freqüente aparecimento de novos derivados da fenotiazina obedece, além de outros motivos, ao interêsse de obter maior faixa de segurança clínica, isto é, medicamentos mais eficazes e de menores efeitos colaterais.A presente comunicação refere-se ao ensaio clínico com um derivado da fenotiazina, a triflupromazina. É apenas um ensaio clínico e não um estudo completo. Não se pretende, também, fazer estudo comparativo entre o Siquil e outros neuroplégicos.Farmacologia -O Siquil é um derivado fluorado da fenotiazina. Seus efeitos farmacológicos são semelhantes àqueles da clorpromazina. In vitro tem alguma atividade anti-histamínica e anticolinérgica e é inibidor da pitocina e serotonina. Seu efeito tranqüilizador em macacos é 5 vêzes mais potente que o da clorpromazina (Piala e col. 9 ). A injeção intravenosa em cães provoca hipotensão brusca, com parcial elevação ulterior, permanecendo, entretanto, a pressão arterial 10 a 20% abaixo dos níveis anteriores (Piala).Estudos em anima nobili indicam também queda da pressão arterial de 20 a 25% após injeções intravenosas (Finnerty e Buchholz 4 ). MATERIAL E MÉTODONossos doentes estão assim distribuídos, de acôrdo com o grupo nosológico: esquizofrenia, 15; mania, 5; psicose de involução, 2; arteriosclerose, 1. Dêstes apenas 4 eram casos crônicos e um arteriosclerótico. Os restantes eram casos agudos, mesmo não se tratando da primeira crise.