Centro de estudos Franco da Rocha

Abstract

Sôbre um caso de delírio alucinatório crônico e síndrome parkinsoniana. Drs. Mario Yahn, Francisco Tancredi e Paulo Simioni. Os autores relatam o caso de um paciente que, desde 1931, começou a apresentar nítida síndrome de delírio alucinatório crônico, sem quaisquer sinais clínicos ou neurológicos que denunciassem uma moléstia orgânica. Nos antecedentes, nada de. importante pôde ser aourado. Considerada grave a moléstia mental, quase sem possibilidade de cura, foi o paciente removido para o Hospital de Juqueri, onde permaneceu de 1934 a 1945. Em 1945 o exame praticado pelos autores mostrou a existência, ao lado da síndrome alucinatória crônica, de nítida síndrome parkinsoniana. São discutidas três hipótese 5 ;: 1-uma encefalite larvada que passou despercebida teria dado origem, primeiramente à síndrome alucinatória crônica e, tardiamente, à síndrome parkinsoniana; 2-o paciente teve, em 1931, a moléstia mental, contraiu depois a encefalite e, em 1944, teve a síndrome de Parkinson superajuntada; 3-a encefalite teria ocorrido antes do aparecimento das perturbações mentais, mas estas surgiram de maneira autônoma, sem depender da encefalite, e sim da natureza e do temperamento do paciente. A encefalite e suas seqüelas, assim, não interferiram sôbre a síndrome psíquica. Tratar-se-ia de dois tipos de manifestações clínicas que se instalaram no mesmo individuo e evoluíram sem interferências mútuas. Novo tratamento da sífilis pelo tungsténio (Nota prévia). Dr. Aurélio Moraes Pinto.