Objetivos: Estimar os custos diretos das internações hospitalares decorrentes de cardiopatia isquêmica, em pacientes com (DM) e sem diabetes mellitus (NDM). Verificar fatores determinantes de maior custo em ambos os grupos. Métodos: Coorte retrospectiva com 421 pacientes, entre janeiro de 2009 e março de 2010. Foram avaliados: tratamentos clínicos, intervenções hemodinâmicas e cirurgias. Custos obtidos de três formas diferentes: por valores oriundos do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde-SIGTAP, faturados pela unidade hospitalar, e busca ativa de recursos utilizados pelo paciente, denominado "custos da internação". Os dados foram comparados pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney; p ≤ 0,05 indicou testes estatisticamente significantes; análises realizadas pelo programa R, versão 3.1.0. Resultados: Foram avaliados 421 pacientes, 45,4% eram cardiopatas diabéticos (DM). Não ocorreram diferenças estatisticamente significantes para os valores de custos encontrados em nenhum dos grupos avaliados. Os itens determinantes de maior custo nos procedimentos de cirurgia cardíaca são os materiais e medicamentos que respondem a 41,9% do custo total no grupo DM e 48,4 no grupo NDM. No tratamento clínico são o procedimento de hemodiálise para DM (69,8%) e serviços profissionais para NDM (50,6%). Para intervenções hemodinâmicas, os procedimentos secundários geram maior custo para DM (48,8%) e os serviços profissionais para NDM (75,6%). Conclusões: Não houve impacto financeiro atribuível ao diabetes na internação hospitalar de pacientes cardíacos. Serviços profissionais, materiais e medicamentos, hemodiálise e procedimentos secundários são os determinantes de maior custo nos grupos de intervenções avaliados.