A tese da educadora Pórcia Guimarães Alves é objeto deste artigo, no qual se busca compreender a confecção da pesquisa, seus vínculos com o INEP, bem como suas correlações com a agenda educacional à época. A tese debruçou-se sobre a reprovação escolar no ensino primário curitibano, tomando-a enquanto uma consequência de fatores administrativos, metodológicos, psicológicos, sociais e biológicos. Sua abordagem ao problema foi inovadora e expressou os vínculos da educadora com Anísio Teixeira, além de seu posicionamento relativamente à discussão sobre a aprovação automática dos estudantes. Ao longo do trabalho, Alves rejeitou a explicação corrente sobre a reprovação dever-se às capacidades intelectuais discente e construiu um argumento que, ao sublinhar as condições precarizadas do sistema escolar municipal, enfocou a repetência como efeito de uma justaposição de causas. Ao final da tese, Alves elaborou um experimento de ensino no Centro Educacional Guaíra, no qual examinou a quebra da seriação escolar e seu impacto na aprovação discente, situando a última enquanto condição para a implementação da aprovação automática.