2016
DOI: 10.1590/2318-08892016002800009
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Re-interpretando os objetos de museu: da classificação ao devir

Abstract: ResumoO presente texto tem o objetivo de introduzir uma reflexão sobre os enquadramentos tradicionalmente impostos aos objetos de museu questionando a sua sustentação empírica na Contemporaneidade. A vida museal do objeto, que acontece dentro ou fora das instituições formais, é produtora de diferentes enquadramentos classificatórios e informacionais. Estes, por vezes, os estigmatizam ligando-os às categorias criadas socialmente e que são cada vez mais percebidas como suplantáveis pelas Ciências Contemporâneas.… Show more

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“…O alargamento das ações museológicas, de forma a alcançar estas demandas, tem contribuído para a promoção de uma abordagem interdisciplinar que valoriza as noções de identidade, patrimônio e cidadania. Nesse sentido, a enunciação de narrativas de origens diversas derivou na adequação da museologia, que passou do foco documental da relação sujeito-objeto ao foco social, privilegiando as relações que influenciam a interpretação do objeto e os seus processos biográficos (Brulon, 2015). Dessa forma, os objetos da coleção W. Lipkind foram compreendidos como mediadores do conhecimento aplicado pelo etnólogo norte-americano em campo, sendo o ponto de partida para o desvelamento do contexto no qual as demais relações entre pesquisador, indígenas e instituição se desdobraram.…”
Section: Redescobrindo a Coleçãounclassified
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“…O alargamento das ações museológicas, de forma a alcançar estas demandas, tem contribuído para a promoção de uma abordagem interdisciplinar que valoriza as noções de identidade, patrimônio e cidadania. Nesse sentido, a enunciação de narrativas de origens diversas derivou na adequação da museologia, que passou do foco documental da relação sujeito-objeto ao foco social, privilegiando as relações que influenciam a interpretação do objeto e os seus processos biográficos (Brulon, 2015). Dessa forma, os objetos da coleção W. Lipkind foram compreendidos como mediadores do conhecimento aplicado pelo etnólogo norte-americano em campo, sendo o ponto de partida para o desvelamento do contexto no qual as demais relações entre pesquisador, indígenas e instituição se desdobraram.…”
Section: Redescobrindo a Coleçãounclassified
“…A dinamização inerente à reformulação das fronteiras impostas pela classificação tradicional pode se desdobrar na polifonia do objeto, alargando a própria categoria na qual foi inserido e colocando em xeque seu enrijecimento no âmbito do museu. Essa ativação possibilita que o objeto passe de suporte material homogeinizado pela classificação museológica a objeto-devir (Brulon, 2015), "coisa" cujo significado se encontra nas diversas relações que configuram sua existência social, sem desmerecimento de uma ou de outra. A revisão e a ampliação dos indexadores e dos enunciadores dos meios de representação versam, portanto, sobre o direito à fruição cultural, à produção cultural e à participação em proveito de uma cidadania patrimonial (Chauí, 2006apud Lima Filho, 2015.…”
Section: Redescobrindo a Coleçãounclassified
“…A figura acima pode ser explorada na sua simbologia de várias formas: uma delas é que nos é apresentado, ao mesmo tempo, um cômodo que foi habitado por uma personagem que imprimiu suas características nos móveis e objetos decorativos, mas também uma "desmaterialização da casa" (Barbosa, 2020: 82), onde a função primordial do cômodo foi alterada, tanto da forma do privado para o público como da função do espaço, resultando em simbologias diferentes. Ao realizar uma tentativa de interpretação destas ações, é possível relacioná-las com a retirada do objeto de seu contexto (Brulon, 2015), integrando-o a outro, considerando tanto o ambiente externo como o interno, dando-nos argumentos para pensar a edificação também como museália.…”
Section: Análise Da Casa Museu Eva Klabinunclassified
“…Neste sentido aproxima-se do conceito de função-signo, segundo Roland Barthes, 1989). No museu, o objeto perde o sentido de uso para assumir um sentido representacional (Lara Filho, 2009), de acordo com a intencionalidade do discurso museológico e torna-se musealium (Brulon, 2016;Roque, 2020). Como Meneses (1994), o eixo da musealização é a transformação do objeto em documento.…”
Section: Introductionunclassified