Influência da organização do trabalho sobre a prevalência de transtornos mentais comuns dos agentes comunitários de saúde de Belo Horizonte

Abstract

Resumo Introdução: à medida que se reconhece o papel dos agentes comunitários de saúde (ACS) para os objetivos do sistema de saúde, é evidente a preocupação com a prevalência de sintomas psíquicos entre esses trabalhadores, conclamando a identificação de indicadores passíveis de serem modificados em favor da saúde mental dos ACS. Objetivo: examinar associações entre a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e condições de trabalho entre ACS inseridos nos serviços de atenção básica de Belo Horizonte, MG. Método: a amostra aleatória e representativa incluiu 196 sujeitos. Utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e questionário autopreenchível que continha blocos relacionados às questões sociodemográficas, ocupacionais e hábitos de vida. A análise multivariável adotou entrada hierárquica das variáveis e regressão de Poisson com estimativa da variância robusta. Resultados: a prevalência de TMC de 26,5% foi associada à alta demanda psicológica, relato de agressões contra o trabalhador e insatisfação com as relações pessoais. Conclusão: a significância da associação no tocante à demanda psicológica no trabalho é preocupante, pois seria possível projetar o trabalho dos ACS sem ultrapassar os seus próprios limites. Adequações do modelo organizacional e redesenho das tarefas podem contribuir favoravelmente para a saúde mental dos ACS.

Agentes comunitários de saúde: sua qualidade de vida e seus riscos ocupacionais.

“…Albuquerque & Andrade (2017), Alcântara & Assunção (2016) e Silva (2016), no qual apresentou porcentagem de 53%, 100%, 89,3%, e 74,7% respectivamente. Discordando apenas do estudo de Junior, Torres & Silva (2015) onde todos os entrevistados eram do sexo masculino, apesar disto podemos observar que dentre os seis artigos, apenas um o sexo masculino foi predominante, muito provavelmente pela mulher estar associada a uma idéia de vocação para o cuidado com o outro (Barbosa, Clarissa, Helena & Vera, 2012).…”

[Id 37042] Análise Da Capacidade Para O Trabalho De Agentes Comunitários De Saúde Em João Pessoa-Pb

“…No primeiro estudo a prevalência da CT boa/ótima foi de 56,7%; no segundo essa mesma faixa alcançou um nível de 69,4%. Esse fato, porém, pode estar atrelado ao "efeito do trabalhador sadio" sobre a população estudada, um fenômeno observado em estudos de doenças ocupacionais, onde trabalhadores geralmente exibem melhores indicadores de morbimortalidade quando comparados à população em geral devido ao fato dos portadores de doenças graves ou incapacitados normalmente estarem excluídos da força de trabalho ativa 21,22 . Como é o caso desta pesquisa, onde 40,5% dos ACS não estavam presentes no momento da coleta de dados devido a problemas de saúde, férias, licença-maternidade, entre outros.…”

“…Os achados desse trabalho também constatam a presença de sofrimento psíquico entre esses trabalhadores. Esse agravo é observado na literatura quando se trata da saúde ocupacional dos profissionais de saúde em geral 28 e, ao envolver ACS, podem ser potencializados pela alta demanda psicológica das tarefas, vivência com agressões e insatisfação com as relações pessoais 22 .…”

Common mental disorders among workers chronically exposed to pesticides: the case of workers involved in fighting endemic diseases

“…These compounds were associated with occurrence of mental disorders in studies performed in rural communities 12 , 13 . CMD were reported among similar occupational categories, such as community health agents, primary care providers and social educators 9 , 10 , 11 . We considered the case of rural workers to be pertinent, because also they are occupationally exposed to pesticides 14 .…”

“…In addition to disability, CMD are also associated with absenteeism and presenteeism 7 . In population-based studies 8 , the prevalence of CMD in Brazil varied from 17% to 35% and were detected among several occupational categories, such as mid- and high-level health care providers 9 , community health agents 9 , 10 , social educators 11 and bus drivers and conductors 8 .…”