“…Principalmente um movimento ligado à periferia, o slam, segundo a pesquisadora e slammer 2 Roberta Estrela D'Alva (2011), pode ser definido como uma competição de poesia falada, um espaço para livre expressão poética, uma ágora onde questões da atualidade são debatidas, ou até mesmo mais uma forma de entretenimento. É também, como colocado por Vilar (2019), um material poético e artístico híbrido, uma forma de arte que permite o reconhecimento de diferentes formas de saber e de estar no mundo, uma ferramenta de autodeterminação de comunidades marginalizadas que podem encontrar nesses espaços ouvintes que compartilham experiências semelhantes. Nos slams, o mal--estar é transformado em lirismo, a estética e a vivência são as fontes do fazer poético e os temas ultrapassam fronteiras, quase sempre refletindo problemas estruturais comuns a diversas sociedades.…”