2019
DOI: 10.1590/2238-38752019v9212
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Projetos Afetivos E Estéticos: Os Vínculos Entre O Crítico De Arte Mário Pedrosa E O Artista Alexander Calder

Abstract: Resumo O objetivo do artigo é investigar como a relação entre o artista norte-americano Alexander Calder e o crítico de arte brasileiro Mário Pedrosa contribuiu para o surgimento do programa concretista carioca nos anos 1940 e 1950. Durante seu exílio nos Estados Unidos, Pedrosa teve a oportunidade de conhecer o artista, com quem acabou por estabelecer uma relação de amizade. Os desdobramentos dessa relação podem ser vistos nos artigos escritos pelo crítico a partir de 1944, que evidenciam, por um lado, profun… Show more

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“…Durante seu exílio nos Estados Unidos foi o primeiro a escrever e publicar um artigo sobre os móbiles de Calder (1943), o que contribuiu para se estabelecer entre eles fortes vínculos de amizade. Após seu retorno ao Brasil (1945), engajou-se da defesa da arte construtiva no país na coluna que assinava no jornal carioca Tribuna da Imprensa 1 , nas visitas que fazia ao ateliê de pintura do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, nas reuniões que fazia em sua própria casa aos sábados e nos ateliês de artistas, debatia ideias e teorias sobre arte concreta expressas em sua tese: Da natureza efetivada forma na obra de arte, que "teriam influenciado, inclusive, a formação do Grupo Frente, no início da década de 1950" (Formiga, 2019). Foi também entusiasta da criação do MAM SP e da Bienal, entendendo que o evento propiciaria maior integração entre os países da América do Sul, tendo participado, inclusive, da comissão de premiação da Bienal.…”
Section: Os Investimentos Culturais Norte-americanos No Brasil Ampliavam As Suspeitas Colonialistasunclassified
“…Durante seu exílio nos Estados Unidos foi o primeiro a escrever e publicar um artigo sobre os móbiles de Calder (1943), o que contribuiu para se estabelecer entre eles fortes vínculos de amizade. Após seu retorno ao Brasil (1945), engajou-se da defesa da arte construtiva no país na coluna que assinava no jornal carioca Tribuna da Imprensa 1 , nas visitas que fazia ao ateliê de pintura do Centro Psiquiátrico de Engenho de Dentro, nas reuniões que fazia em sua própria casa aos sábados e nos ateliês de artistas, debatia ideias e teorias sobre arte concreta expressas em sua tese: Da natureza efetivada forma na obra de arte, que "teriam influenciado, inclusive, a formação do Grupo Frente, no início da década de 1950" (Formiga, 2019). Foi também entusiasta da criação do MAM SP e da Bienal, entendendo que o evento propiciaria maior integração entre os países da América do Sul, tendo participado, inclusive, da comissão de premiação da Bienal.…”
Section: Os Investimentos Culturais Norte-americanos No Brasil Ampliavam As Suspeitas Colonialistasunclassified
“…Alguns desses conceitos, que perpassam os artigos de Pedrosa, foram fundamentais para a geração de artistas cariocas. que busca traçar diálogos entre Calder, a crítica de Pedrosa e as obras de Franz Weissmann, Lygia Clark e Abraham Palatnik; o trabalho de doutorado de Gabriela Abraços (2012), que demonstra como Mário Pedrosa elaborou alguns aspectos centrais da sua tese sobre a Gestalt e as formas artísticas a partir da observação dos móbiles de Calder; e também o artigo de TarcilaFormiga (2019), que adota o ponto de vista da amizade estabelecida entre o escultor norte-americano e o crítico brasileiro para falar de pontos de convergência com o projeto estético neoconcreto. Essa mesma linha de argumentação se repete na exposição Calder e a arte brasileira, curada por Luiz Camillo Osorio, na sede Itaú Cultural, em 2016.Figura 38 Alexander Calder, Grande móbile branco, 1948, metal pintado, 158 × 220 × 90 cm.…”
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