Este artigo aborda duas experiências teatrais – uma que pode ser entendida como teatro de agitação e propaganda (agitprop), vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, e outra vinculada ao teatro documentário realizado no Museo-Taller Ferrowhite, na cidade argentina de Bahía Blanca – a partir da categoria de estrutura de sentimento, criada pelo teórico marxista e crítico teatral Raymond Williams. Por meio dessa categoria, buscou-se analisar como a encenação, quando realizada em contextos circunscritos ou com segmentos sociais específicos, pode ser entendida como um mecanismo de estruturação de sentimentos comunitários, dando origem a manifestações culturais contra hegemônicas.