2020
DOI: 10.1590/2237-101x02104311
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Conversas de lotação: política, cidade e cotidiano nas crônicas cariocas de José Lins do Rego (1944-1956)

Abstract: RESUMO O presente artigo argumenta que uma série inédita de crônicas de autoria de José Lins do Rego (1901-1957) contribui para compreender importantes aspectos da vida social e política do Rio de Janeiro, então capital da República, durante as décadas de 1940 e 1950. Os milhares de microtextos publicados pelo romancista nordestino no jornal O Globo, em coluna intitulada Conversa de lotação, nunca lançados em livro pelo escritor, revelam o cotidiano do Distrito Federal sob a ótica intersubjetiva de seus habita… Show more

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“…Com uma percepção poética e apologética do que vira em Israel, José Lins enchia-se de entusiasmo naquele momento com a causa semita e sionista, divulgando sua experiência junto à opinião pública e aos leitores de O Globo, residentes do então Distrito Federal. Depois de publicado no suporte efêmero do jornal, o conjunto de escritos é transposto à condição de livro em formato bilíngue, a fim de alcançar um público mais amplo, no Brasil ou no exterior.Assim, naquela conjuntura, entendia o escritor, seria possível fazer jus ao engenho humano, que demonstrava sua faculdade de reinventar a vida coletiva em terras desérticas e em tudo hostis a um povo historicamente perseguido, obrigado a dispersar-se pelo mundo, sendo alvo dos mais insidiosos preconceitos.O artigo inscreve-se em uma agenda coletiva de pesquisas sobre a obra de José Lins do Rego(Hollanda, 2004;2012;Santos and Hollanda, 2017;Matos and Hollanda, 2019;Matos and Hollanda, 2020), que procura dar visibilidade à produção cronística do autor, uma vez que, geralmente, os estudos acerca do escritor paraibano concentram-se nos seus romances, com exegeses adstritas aos ciclos romanescos, em termos de forma, conteúdo e de enquadramento na história literária do regionalismo nordestino. O gênero da crônica é, via de regra, secundarizado por sua fortuna crítica.…”
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“…Com uma percepção poética e apologética do que vira em Israel, José Lins enchia-se de entusiasmo naquele momento com a causa semita e sionista, divulgando sua experiência junto à opinião pública e aos leitores de O Globo, residentes do então Distrito Federal. Depois de publicado no suporte efêmero do jornal, o conjunto de escritos é transposto à condição de livro em formato bilíngue, a fim de alcançar um público mais amplo, no Brasil ou no exterior.Assim, naquela conjuntura, entendia o escritor, seria possível fazer jus ao engenho humano, que demonstrava sua faculdade de reinventar a vida coletiva em terras desérticas e em tudo hostis a um povo historicamente perseguido, obrigado a dispersar-se pelo mundo, sendo alvo dos mais insidiosos preconceitos.O artigo inscreve-se em uma agenda coletiva de pesquisas sobre a obra de José Lins do Rego(Hollanda, 2004;2012;Santos and Hollanda, 2017;Matos and Hollanda, 2019;Matos and Hollanda, 2020), que procura dar visibilidade à produção cronística do autor, uma vez que, geralmente, os estudos acerca do escritor paraibano concentram-se nos seus romances, com exegeses adstritas aos ciclos romanescos, em termos de forma, conteúdo e de enquadramento na história literária do regionalismo nordestino. O gênero da crônica é, via de regra, secundarizado por sua fortuna crítica.…”
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