“…Já Rafael Chambouleyron 10 oferece ao leitor a oportunidade de conhecer a Amazônia seiscentista, não como uma região abandonada ou "redescoberta" apenas pela interferência do marquês de Pombal; ao contrário, ele nos convida a interpretar os feitos pombalinos a partir das ações implementadas ainda no século XVII e na primeira metade do século XVIII. 11 No que se refere à questão dos índios na região amazônica e no período pombalino, pesquisas recentes têm demonstrado que, desde a vigência do Diretório dos Índios (1750-1798), criou-se ou fortaleceu-se uma elite indígena no interior da lógica da governança colonial que não apenas respondia aos interesses da política indigenista luso-brasileira, mas também às expectativas dos índios, 12 como afirma Vânia Maria Losada. 13 Nesse sentido, temos outro trabalho de interesse para a nossa pesquisa que é o de Rafael Ale Rocha 14 que contribui para o estudo das elites coloniais amazônicas no contexto da segunda metade do século XVIII, analisando o processo através do qual os índios inseridos na sociedade colonial alcançavam postos de oficiais nas tropas militares no Estado do Grão Pará e Maranhão.…”