Metropolização regional e nova regionalização do capital

Abstract

Resumo A metropolização regional torna-se hegemônica na virada do século, associada à globalização financeira. No território brasileiro, essa implosão-explosão da metrópole anuncia seus passos iniciais com a criação das primeiras regiões metropolitanas e a inauguração de formas imobiliárias metropolitanas, como os loteamentos fechados. Em meados da década de 1990, com a incorporação do Brasil ao neoliberalismo, a regionalização metropolitana como meio e produto do capital torna-se cada vez mais concreta. No século XXI, a metropolização regional ganha intensidade e complexidade no território brasileiro e fundamenta as estratégias do capital. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é compreender a metropolização regional como processo central da nova regionalização do capital, que é a regionalização metropolitana, a partir do caso brasileiro.

A Produção Do Espaço Urbano Na Perspectiva Dos Sujeitos Subalternos Em Juazeiro Do Norte-Ce: Um Resgate Da Memória Da Ocupação Do Mutirão Da Vida

“…No mais, vale ressaltar, o processo de metropolização do na Região Metropolitana do Cariri, ao invés de um processo histórico no qual uma metrópole polariza uma região sobre sua influência, deve ser vislumbrado como a política de desenvolvimento regional concebida pelo Estado do Ceará através de dispositivos institucionais e políticas públicas voltadas para os fixos, notadamente no CRAJUBAR. Considerando-se toda problemática metropolitana no Brasil, sobretudo depois de 1988, quando passou a ser atribuição dos entes federativos a criação de regiões metropolitanas, a despeito da celeuma entre ausência ou presença concreta e empírica do fato metropolitano, tomamos a Região metropolitana do Cariri enquanto região metropolitana transitiva, tal como propõeLeopoldo (2020). Para esse autor, "[...] as regiões metropolitanas transitivas fazem parte desse processo de metropolização regional, centralizando e disseminando conteúdos e formas metropolitanas e financeiras, mas não se trata dos elos centrais do desenvolvimento regional desigual da acumulação capitalista"(LEOPOLDO, 2020, p. 96).…”