“…(São Paulo), n.178, a04518, 2019http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2019 Perspectivas históricas não acadêmicas baseadas em um senso comum, assim como uma porcentagem não desprezível de autores de obras acadêmicas sobre o Brasil, poderiam objetar à proposta de uma história baseada no conceito de revolução ou entender que o Brasil teria conhecido apenas e no máximo aquilo que Antonio Gramsci chamou de "revoluções passivas" (SECCO, 2006;VIANNA, 1996). Em outras narrativas da história do Brasil, "revolução" parece uma palavra desajustada, alienígena, até mesmo caricata, supostamente incapaz de descrever situações concretas (PIMENTA, 2014). Mas há situações em que a palavra surge com força: seja como ideal, temor ou projeto, efetivado ou não, de homens e mulheres no passado ou no presente, ou como categoria analítica capaz de explicar episódios dessa história (COSTA, 2005).…”