A realidade do encarceramento é algo que assusta e que tem em seu bojo bastante preconceitos, juntando com a situação da pandemia de Covid-19, que atingiu de modo integral a sociedade, colocou a população em isolamento, ficou mais difícil ainda. Sendo assim, fazendo uma abordagem com recorte sobre as mulheres indígenas, a situação se acirrou ainda mais, uma vez que, os desafios já estavam postos, o que fez foi emergir, vir à tona, pois a superlotação não começou em 2020. Diante disso, tendo em conta que a questão de gênero acentua ainda mais a gravidade do problema, vem a seguinte indagação: como estão as mulheres indígenas encarceradas do Mato Grosso do Sul diante da realidade da pandemia? O presente artigo tem como objetivo descrever a realidade das indígenas encarceradas do MS frente a situação pandêmica. Foi dividido em três tópicos: a pandemia e a emersão das vulnerabilidades a partir da reflexão do Boa Aventura; os desafios das encarceradas e a realidade das mulheres indígenas encarceradas no Estado do Mato Grosso do Sul frente a pandemia. A metodologia de pesquisa é exploratória e o método de abordagem dedutivo, através da descrição dos artigos, bibliografias e outros referentes ao tema. Para fundamentar o presente artigo, foi feito uso das seguintes referências: Boa Aventura Santos, Juliana Borges, Noberto Bobbio, entre outros. O resultado foi parcial pelo difícil acesso a informações mais precisas, pouco material disponível sobre como as mulheres indígenas do Estado do Mato Grosso do Sul estão diante dessa realidade. O resultado que elas vivem na invisibilidade, como se não existissem nos estabelecimentos penais. Desse modo, é preciso ser vista a realidade das indígenas encarceradas e buscar outras alternativas, sem ser a prisão.