2020
DOI: 10.1590/2179-8966/2020/51863
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Mito e direito no tempo do destino: aspectos da crítica benjaminiana à percepção moderna da experiência

Abstract: Resumo Este artigo buscará apresentar alguns aspectos da crítica benjaminiana à concepção da experiência na modernidade, voltando-se, mais especificamente, para o complexo conceitual que relaciona os conceitos de mito, destino e direito. Trata-se de dar a ver em que medida Benjamin coloca em crítica a naturalização de uma ordem mítica, vinculada ao desenvolvimento do capitalismo, na qual a experiência parece-lhe destituída de seu caráter afirmativo e criador do que é verdadeiramente novo.

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“…Nas palavras de Ferris, "o estado é forçado a reconhecer que seu próprio princípio (o direito de usar a violencia para um fim) pode ser usado contra ele mesmo" (FERRIS, 2008: 54). Diante do direito, toda manifestação que o ameaça ou é capturada e transformada em fins de direito (o que determina, e pretensamente, limita o eventual caráter destrutivo que qualquer ação possa apresentar à ordem estabelecida), ou é transformada em proibição, como violência nãosancionada, também elevando, entre a ação e o fim natural que persegue, fins de direito que devem garantidos (VARELLA, 2020(VARELLA, : 1956.…”
Section: )unclassified
“…Nas palavras de Ferris, "o estado é forçado a reconhecer que seu próprio princípio (o direito de usar a violencia para um fim) pode ser usado contra ele mesmo" (FERRIS, 2008: 54). Diante do direito, toda manifestação que o ameaça ou é capturada e transformada em fins de direito (o que determina, e pretensamente, limita o eventual caráter destrutivo que qualquer ação possa apresentar à ordem estabelecida), ou é transformada em proibição, como violência nãosancionada, também elevando, entre a ação e o fim natural que persegue, fins de direito que devem garantidos (VARELLA, 2020(VARELLA, : 1956.…”
Section: )unclassified
“…Como já pudemos nos deter mais especificamente sobre os conceitos de mito e destino em outra ocasião (Varella, 2020), e dado que seu aprofundamento neste momento demandaria um importante desvio para abordar mais profundamente os textos de juventude, procuraremos apresentar apenas alguns aspectos da ordem mítica, na qual a experiência acabaria enfraquecida. Importa, em primeiro lugar, ter em mente que a concepção benjaminiana de mito se refere, especificamente, como coloca Jeanne Marie Gagnebin: a um fundo de violência que sempre ameaça submergir as construções humanas, quando estas repousam sobre a obediência às convenções sociais e não sobre decisões tomadas por sujeitos que se arriscam a agir histórica e moralmente (Gagnebin, 2014, p. 57).…”
Section: 1b a Crítica à Experiência Na Ordem Mítica E Do Destinounclassified