Vivência materna no contexto da amamentação do recém-nascido hospitalizado e submetido à intervenção cirúrgica

Abstract

RESUMO Objetivo Descrever a vivência materna no contexto da amamentação do filho recém-nascido, hospitalizado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e submetido à intervenção cirúrgica. Método Pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, realizada em um Instituto Federal do Rio de Janeiro, através de entrevistas audiogravadas com oito mulheres que vivenciaram a amamentação de filhos hospitalizados, para o tratamento dos dados foi utilizado a análise de conteúdo modalidade temática. Resultados Por meio da análise de conteúdo modalidade temática foram elaboradas três categorias: Enfrentando dificuldades na amamentação diante da hospitalização e cirurgia do filho; construindo vínculo com o filho diante de condições limitantes do colo e do peito; necessitando de apoio para amamentar o filho submetido à cirurgia. Conclusões e Implicações para a prática O vínculo materno deve ser sempre estimulado em todos os cenários de cuidado neonatal, principalmente em situações de maior vulnerabilidade que podem interferir dificultando o processo de amamentação como a hospitalização para realização de procedimento cirúrgico. Diálogo e processos conjuntos entre os setores de apoio as lactantes e recém-nascidos fortalecem a segurança materna, tornando evidente a importância da troca de experiências entre as equipes para construção do acolhimento, incentivo e apoio a essa nutriz e seu filho.

Formação do vínculo entre pais e lactentes durante o processo de hospitalização na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: revisão integrativa

“…Outros dificultadores na construção e fortalecimento do vínculo destacado em estudos foi quando o neonato possui diagnóstico de anomalia congênita, necessita de cirurgia que gera instabilidade clínica e a dependência de aparelhos (Skelton et al, 2019;Moreira et al, 2020). Segundo Skelton et al (2019) essa situação faz com que os pais levem mais tempo para relacionar-se com o filho, quando comparado aos pais de outras crianças.…”

“…Nessa conjuntura, as pesquisas destacam a importância de os profissionais estarem sensíveis a todo o processo pelo qual os pais estão passando, respeitando seus limites, para conseguirem realizar um cuidado que auxilie a criação e o fortalecimento do vínculo entre eles e o bebê hospitalizado (Skelton et al, 2019;Moreira et al, 2020).…”

“…A adaptação a rotina da UTIN é um desafio, além das demais dificuldades encontradas durante o período de hospitalização como o medo do desconhecido e a incerteza da evolução clínica e prognóstico do neonato, são obstáculos encontrados na construção do vínculo (Mesquita et al, 2019). A promoção do vínculo entre pais e filho é um processo desafiador, e se torna ainda mais difícil com a hospitalização do neonato na UTIN e nova realidade em que estão inseridos, totalmente diferente da idealizada, na qual o parto ocorreria sem intercorrência e voltariam para o seu lar pouco tempo após o parto com um bebê saudável (Moreira et al, 2020).…”

Aleitamento materno no bebê com cardiopatia congênita: a escuta da mãe

“…A necessidade de permanência do filho em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou do uso de suportes tecnológicos acaba interrompendo o cuidado materno, e isso pode interferir no desenvolvimento e nas experiências vivenciadas entre mãe e filho, em especial, a amamentação (Moreira, et. al., 2020, Santos & Teixeira, 2017.…”

Assistência de enfermagem no diagnóstico de gastrosquise: uma revisão integrativa de literatura

“…O aleitamento materno é muito importante para o recém-nascido que nasce com anomalias congênitas e que são submetidos a procedimentos cirúrgicos. Devido ao tamanho desproporcional das vísceras do intestino o procedimento cirúrgico primário se dificulta, sendo realizado de forma progressiva e em vários tempos cirúrgicos (Moreira et al, 2020).…”