Tribo Olyreae (Poaceae: Bambusoideae) na Ilha de Santa Catarina, Brasil

Abstract

Resumo O trabalho apresenta o levantamento das espécies de Olyreae na Ilha de Santa Catarina, inserida no domínio da Mata Atlântica, no litoral do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. A tribo compreende os bambus herbáceos e está distribuída nas florestas tropicais e subtropicais, especialmente nos Neotrópicos. É caracterizada por apresentar espiguetas unissexuadas, frequentemente dimórficas, unifloras, sem extensão da ráquila e células epidérmicas com corpos silicosos em forma de cruz na zona costal e crenados na zona intercostal. Foram realizadas coletas entre maio de 2011 e março de 2013. Procedeu-se a análise morfológica de estruturas vegetativas e reprodutivas e a realização de microfotografias de antécios pistilados de coleções de herbário. Foram reconhecidos três gêneros e cinco espécies, todas da subtribo Olyrinae: Olyra glaberrima, O. humilis, O. latifolia, Parodiolyra micrantha e Reitzia smithii. A maioria das espécies está presente apenas em alguns pontos da Ilha, em populações reduzidas, em áreas de vegetação mais preservada ou em regeneração. Parodiolyra micrantha é a espécie mais comum e amplamente distribuída na Ilha e Reitzia smithii a de distribuição mais restrita, recoletada após 34 anos no estado de Santa Catarina. São apresentadas descrições, ilustrações, uma chave de identificação e comentários para cada espécie.

Anatomia de hastes adultas de bambu: uma revisão

“…1.482 espécies de bambu, classificados em três tribos: (1) Arundinarieae (546 espécies), que são bambus lenhosos de climas temperados, apesar de alguns ocorrerem em altas elevações nos trópicos; (2) Bambuseae (812 espécies), que são bambus lenhosos de climas tropicais, mesmo que alguns ocorram fora dos trópicos e (3) Olyreae (124 espécies), que são bambus herbáceos (Clark et al, 2015;Nayak & Mishra, 2016), esses de menor porte, que ocorrem no sub-bosque de florestas, apresentando colmos não lignificados e intolerância à radiação solar direta (Greco & Zannin, 2017). Ainda que seja um grupo bem estudado, esses números continuam aumentando, devido às novas descobertas de espécies e gêneros (Bamboo Phylogeny Group, 2012).…”

Merostachys Spreng. (Poaceae: Bambusoideae: Bambuseae: Arthrostylidiinae) na Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais, Brasil

“…Até o momento, existem poucos estudos taxonômicos exclusivos para Merostachys (Sendulsky, 1992, 1995, 1997, 2001, Lizarazu et al 2011. O que se encontra são resultados provindos de pesquisas com a família Poaceae, com a subfamília Bambusoideae ou com a tribo Bambuseae (McClure & Smith 1967, Smith et al 1982, Teixeira et al 2007, Viana & Filgueiras 2008, Schmidt & Longhi-Wagner 2009, Greco 2013, Shirasuna & Filgueiras 2013.…”

Bambus nativos: estudo fitoquímico e rastreio de moléculas bioativas com efeito sobre cognição e memória

“…Olyra glaberrima occurs in the northeast (BA, PE), southeast (ES, SP, RJ) and south (SC) regions (Greco et al 2015). This species measures between 0.5-1 m high, erect, with pachymorphic rhizome and short neck, and its culms are not branched (Greco and Zannin 2017).…”

“…Parodiolyra species are perennial, growing in erect clumps, sometimes slightly decumbent or recurved, with rarely branched culms and symmetrical, lanceolate to broadly oval leaf blades (Jesus Junior et al 2012).Parodiolyra micrantha has a wide distribution in the country; it is easily found in several Brazilian states, from the north (RR, PA, AM, AC) to south (PR, SC, RS). They are plants that measure between 1-4 m high, erect at the base and arched at the apex, its culms are presented with or without branches(Greco and Zannin 2017).…”