“…Observou-se que a demanda de orientação aos pais/ família/professores é uma possibilidade de atuação ainda fortemente indicada no contexto escolar. O fato de os participantes mencionarem problemas emocionais como alvo de intervenção da PE na escola remete à representação social ainda dominante: a do psicólogo clínico como profissional que "atende", "trata" ou ainda faz "terapia", dado já constatado em outros estudos (Bastos & Pyrlo, 2016;Miranda & cols., 2007;Pandolfi & cols.,1999;Prudêncio & cols., 2015;Rossetti & cols., 2004). As demandas e modos de atuação para a PE, aqui elencadas pelos professores podem ter diversas explicações; em alguns casos podem ser resultantes de modelos clínicos terapêuticos de formação ou da atuação dos profissionais inseridos nas escolas (Martinez, 2010; Campos & Jucá, 2010) mas, também é provável que os professores desconheçam os avanços na PE que levaram a mudanças nas posturas, práticas e abordagens desse campo nas escolas, haja vista que apenas 24,4% dos professores entrevistados relataram ter tido algum contato como trabalho de profissionais desta área.…”