Base de dados de desastres naturais no município de Poços de Caldas/MG: ferramenta para o planejamento e a gestão territorial

Abstract

Resumo O município de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, localiza-se em uma região com elevados índices pluviométricos e apresenta um contexto geológico e geomorfológico muito diversificado, com relevos e declividades contrastantes, além de desníveis marcantes, propensos a desastres naturais. O levantamento histórico e o cadastro das ocorrências de desastres naturais registradas no município foram realizados a fim de disponibilizar uma ferramenta de suporte às ações de planejamento e de gestão territorial. Foram cadastradas 25 ocorrências relacionadas a desastres naturais entre 2000 e 2013. Os meses de janeiro e de novembro registraram as maiores ocorrências, com 46 e 27% dos casos, respectivamente, dos quais a queda de barreiras representou 27%, seguida pelas inundações, alagamentos e escorregamentos/deslizamentos, com 15% cada. O total pluviométrico, registrado no dia do evento em que ocorreram desastres naturais, foi mais significativo na classe de 0,00 a 50,00 mm (85,6%) e, para o total acumulado em cinco dias, foi na classe de 50,01 a 100,00 (38,9%). O levantamento dos desastres naturais e a sua correlação com os registros de chuvas, associados à previsão meteorológica, subsidiam a previsão temporal e espacial da ocorrência desses eventos, com vistas a antecipar ações de defesa civil e, consequentemente, reduzir os riscos de vítimas fatais e das perdas econômicas associadas. Portanto, essas ações devem pautar-se em uma política pública voltada à proteção e à defesa civil, orientando o gerenciamento de riscos e de desastres naturais no município de Poços de Caldas.

Estimating the impact of climate change on water levels in a data-poor river basin in southeastern Brazil

“…Lyra et al (2018), who also employed the Eta-HadGEM2-ES-5 km model, observed that daily rainfall of greater than 150 mm was not well represented. As in the localities studied by Lyra et al (2018), the municipality of Poços de Caldas lacks a large history of events of such magnitude, although they have previously occurred (SARDINHA et al, 2016). Therefore, this fact should be considered when intending to apply the methodology in regions with rainfall indices of this size.…”

Monossialitização como principal processo de intemperismo químico no planalto alcalino de Poços de Caldas (MG)

“…Na série histórica de 2003 a 2013, a precipitação média anual na área de estudo foi de 1910 mm, conforme registros da estação pluviométrica Bauxita (Fig. 1) (SARDINHA et al, 2016). Em 2016, a precipitação anual foi de 1760 mm, de acordo com os dados pluviométricos coletados na estação pluviométrica localizada na Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Campus Poços de Caldas, sendo o período úmido responsável por 82,4% do total de precipitação do ano de 2016.…”

Calibração do modelo hidrológico SWMM para a bacia do ribeirão vai e volta — Poços de Caldas, Minas Gerais

“…Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, o clima da região é do tipo Cwb mesotérmico (tropical de altitude), com estações secas e chuvosas bem definidas: verão chuvoso (meses de outubro a março), com temperatura média de 20,3°C e precipitação total de 1.430 mm, e inverno seco (meses de abril a setembro), com temperatura média de 15°C e índice pluviométrico de 315 mm (SARDINHA et al, 2016).…”

“…Geologicamente, a bacia do ribeirão Vai e Volta localiza-se no Planalto Poços de Caldas, maciço alcalino com predominância de rochas plutônicas de granulação fina (foiaitos) e subvulcânicas (tinguaítos), além dos tipos litológicos: sienitos de granulação média, fonolitos, rochas piroclástica, lujaurito Calibração do modelo hidrológico SWMM para a bacia do ribeirão vai e volta -Poços de Caldas, Minas Gerais e chibinito (ALBERTI, 2008;MORAES et al, 2008;SARDINHA et al, 2016). A pedologia predominante é o cambissolo háplico distrófico (CXd), caracterizado por solo pouco profundo com presença de argila associada à matéria orgânica, susceptível à erosão (MORAES, 2007;ALBERTI, 2008).…”