O excesso de peso em crianças e adultos brasileiros tem sido considerado um problema de saúde pública. O tratamento da obesidade infantil não é uma tarefa fácil, pois a mudança do comportamento alimentar representa um desafio para as redes de atenção à saúde, pois ocorre apenas em médio e longo prazo e depende tanto de esforços individuais quanto do apoio de profissionais de saúde. O presente estudo objetivou identificar a efetividade na realização de terapia em grupo de crianças na faixa etária entre 06 a 12 anos diagnosticadas previamente com sobrepeso ou obesidade infantil no município de Guarapuava-PR. Trata-se de um estudo longitudinal, com análise de dados provenientes dos prontuários de usuários atendidos entre os meses de março e dezembro de 2019. As informações foram obtidas por meio de coleta de dados em prontuário, obtendo dados de peso, estatura, índice de massa corporal para a idade, duração e tempo do tratamento. Participaram do grupo 10 crianças, sendo 60% do sexo masculino. Observou-se que na maioria houve a manutenção do diagnóstico inicial, sendo sobrepeso ou obesidade, enquanto uma criança que se encontrava obesa foi classificada como sobrepeso após a intervenção. No entanto, três crianças apresentaram aumento no IMC, demonstrando ganho de peso proporcional ao crescimento ao considerar o estado anterior às intervenções. Conclui-se que a atuação do nutricionista e a adoção da estratégia de intervenção nutricional em grupos é importante, podendo auxiliar no tratamento de crianças com obesidade infantil, contribuindo assim, para a melhoria de sua qualidade de vida.