Espiritualidade aplicada à medicina

Abstract

Resumo Espiritualidade é a força que une os diferentes aspectos componentes do ser e, quando trabalhada, proporciona uma vivência harmônica e promove equilíbrio entre bem-estar físico, social e mental. Nesse sentido, objetivou-se abordar, secularmente, como a espiritualidade é vista na medicina, sua influência na saúde e a percepção de profissionais e pacientes acerca desse assunto. Para tanto, realizou-se revisão narrativa que priorizou buscas na plataforma PubMed por meio dos seguintes descritores: “medicine and spirituality and secularismo” e “placebo effect and spirituality and medicine”. Em seguida foram analisadas fontes referenciadas pela leitura dos artigos primordiais. Percebeu-se que há confusão quanto ao uso do termo espiritualidade e que a capacidade e efetividade do cuidado espiritual prestado por profissionais da saúde são débeis, contrastando com inúmeros benefícios oferecidos por essa atenção, que é uma ferramenta para um trabalho mais ético e humano.

Espiritualidade e religiosidade: desafios e possibilidades para prática médica

“…Na prática e para a grande maioria das pesquisas Espiritualidade/Religiosidade (E/R) acabam sendo empregadas como sinônimos. Contudo, deve-se atentar para não inserir apenas a religiosidade na prática clínica, uma vez que seu uso solo pode excluir indivíduos não religiosos dos cuidados necessários (Carmo, 2022).…”

“…(Damiano, et al, 2016;Koenig, 2012). Segundo Carmo (2022), para despertar no profissional médico o interesse de tal temática, o primeiro passo é transformar o entendimento acerca da importância do cuidado espiritual para com os pacientes. Essa relação tornou-se então objeto de interesse para diversos grupos não só de profissionais e pesquisadores como também na formação de acadêmicos, motivo pelo qual o estudo da E/R em saúde foi incluído como conteúdo curricular de muitas universidades, inclusive brasileiras, movimento que tem se expandido, apesar de ainda não ser homogêneo em todo o mundo ( de Aguiar, et al, 2016;Fleenor, et al, 2022;Lucchetti, et al, 2023;Puchalski, et al, 2020).…”