2015
DOI: 10.1590/1983-80422015232072
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Crônica de uma morte adiada: o tabu da morte e os limites não científicos da ciência

Abstract: Este relato, apresentado como estudo de caso, acompanha os oito dias que transcorreram entre a internação para a implantação de um marca-passo e o falecimento de um sujeito de 92 anos, com histórico de hipertensão, diabetes melito e em estágio avançado de Alzheimer, caracterizado por completa perda das memórias de longo e curto prazos e por quadro geral de demência, com total incapacidade de compreensão de sua situação no contexto hospitalar. Trata-se de relato de caráter subjetivo, realizado por um observador… Show more

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“…Provavelmente essa resposta tem relação com as condições disponíveis para se viver. Em psicoterapia procuramos pontos de conexão entre o paciente e aquilo que lhe oferece sentido e vontade de viver, mas considerando casos em que já temos anos com as terapêuticas oferecidas e um longo histórico de reincidência e talvez perdas sociais importantes (como no caso de idosos), retomamos uma pergunta estabelecida por Silva (2015): qual vida estamos querendo defender?…”
Section: Capacidade De Decidir Vulnerabilidade E Bioéticaunclassified
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“…Provavelmente essa resposta tem relação com as condições disponíveis para se viver. Em psicoterapia procuramos pontos de conexão entre o paciente e aquilo que lhe oferece sentido e vontade de viver, mas considerando casos em que já temos anos com as terapêuticas oferecidas e um longo histórico de reincidência e talvez perdas sociais importantes (como no caso de idosos), retomamos uma pergunta estabelecida por Silva (2015): qual vida estamos querendo defender?…”
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“…Nesta perspectiva reforça-se, e pelos próprios afetados, uma teoria do respeito pela autonomia como equivalente à teoria da dignidade da pessoa humana, ou, ao menos, como parte necessária desta segunda, que, no nosso entender, não pode, sem outras evidências e razões, apoiar a recusa da vontade do paciente em aderir ou recusar terapias ou pesquisas, como coisas contrárias à dignidade humana por si mesmas. Mesmo sobre viver e morrer, no caso do suicídio assistido, o bem é algo mais importante do que simplesmente se estar ou se manter vivo, quando as pessoas já não identificam estar nesta vida como parte do seu bem, ou sem desejar tal manutenção da vida (COYLE; SCULCO, 2004;DIERICKX;DELIENS;COHEN;CHAMBAERE, 2016;SILVA, 2015). Com transtornos mentais maiores algo disso poderia ser o caso?…”
Section: Capacidade De Decidir Vulnerabilidade E Bioéticaunclassified