Introdução: A paralisia cerebral é uma condição neurológica comum que afeta o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças devido a lesões cerebrais ocorridas durante o período fetal, perinatal ou pós-natal. Ela se manifesta por distúrbios motores, posturais e cognitivos, limitando a independência e autonomia da criança. Diante dessa realidade é crucial buscar intervenções terapêuticas eficazes, capazes de gerar melhorias expressivas nós aspectos da patologia. Existem resultados positivos com a aplicação de esquemas de reabilitação destinados a desenvolver habilidades que lhes permitam melhor coordenação de suas atividades motoras. O ganho de equilíbrio postural ocorre por meio da repetição, reação e motivação, por isso, algumas intervenções terapêuticas têm se mostrado eficientes na reabilitação das disfunções motoras, e dentre elas, destaca-se a equoterapia. A equoterapia, uma forma de terapia assistida por cavalos, tem se destacado como uma intervenção terapêutica eficaz para melhorar o controle motor postural, equilíbrio e força muscular. Objetivo: analisar a importância da equoterapia no controle motor postural, e os benefícios observados no desenvolvimento motor postural. Metodologia: Para conduzir essa pesquisa, foi analisado na literatura acerca do impacto da equoterapia no controle motor postural de crianças com paralisia cerebral. Baseado em estudos clínicos controlados randomizados, revisões sistemáticas, revistas e artigos em periódicos publicados entre os anos de 2015 e 2024. A busca foi realizada em bancos de dados como PubMed, SciELO, Google Scholar e BVS, utilizando termos em português e inglês relativos à equoterapia e paralisia cerebral. Foram inclusos estudos com pacientes diagnosticados com paralisia cerebral e submetidos à equoterapia. Resultados/Discussão: A equoterapia é uma abordagem terapêutica inovadora que utiliza cavalos como parceiros no processo de reabilitação de crianças com paralisia cerebral. Esta prática oferece benefícios físicos significativos, melhorando o controle motor postural, o equilíbrio, a mobilidade e a função motora. Existem diferentes tipos de equoterapia, incluindo equoterapia passiva, equoterapia ativa e como técnica terapêutica completa. A fisioterapia desempenha um papel fundamental no acompanhamento dos pacientes durante as sessões de equoterapia. No decorrer das sessões, o movimento tridimensional do cavalo estimula respostas sensoriais e neuromusculares, promove ajustes posturais e melhora a coordenação motora. A equoterapia também é eficaz na regulação do tônus muscular e na melhoria do equilíbrio estático e dinâmico. Além disso, a avaliação da função motora pela escala GMFM-66 apresentou resultados positivos. Considerações finais: O estudo revelou que equoterapia é eficaz para melhorar o controle motor postural em crianças com paralisia cerebral. Além disso, ela traz benefícios físicos, emocionais e psicológicos importantes, auxiliando na regularização do tônus muscular, no aprimoramento das funções motoras e no desenvolvimento neurológico. A interação com o cavalo durante as sessões de equoterapia estimula respostas sensoriais e neuromusculares que colaboram para essas melhorias. Assim, essa pesquisa ressalta a relevância da equoterapia como uma intervenção terapêutica valiosa para crianças com paralisia cerebral, indicando a necessidade de mais estudos para investigar sua eficácia em diferentes tipos dessa condição e analisar seus efeitos a longo prazo.