Este artigo analisa o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, a partir da perspectiva sobre o romance histórico teorizado por György Lukács. Apresenta primeiramente o percurso do conceito de ideologia através do tempo a partir de autores que o empregaram de diferentes formas em diferentes contextos históricos, para a partir disso analisar a obra O romance histórico, de Lukács, a sua teoria, e a forma com que a ideologia é compreendida por esse autor e seu uso na interpretação da narrativa literária machadiana, marcada pela ideologia de um personagem proto-burguês em contexto escravista e patriarcal.