Reencontrar O Sentido E O Sabor Dos Saberes Escolares

Abstract

Jean-Pierre Astolfi (JP) -Inicialmente é necessário partir da etimologia e lembrar que "sabor" e "saber" são a mesma palavra: do latim sapere. Mas, isto se perde um pouco na escola porque os saberes para os alunos (e muitas vezes mesmo para os professores) são principalmente coisas trabalhosas, aborrecidas e obsoletas, para memorizar... E que estão longe de serem saborosas! O sabor muitas vezes desaparece quando o saber torna-se escolar.Uma das maneiras frequentes de tentar sanar esta questão -eu não digo que ela seja sem interesse -é procurar substitutos para o saber. É procurar no campo das competências, no campo da interdisciplinaridade, no campo dos objetivos. Durante muito tempo, se disse que os saberes eram difíceis e sempre exigentes e que eles não comportavam em si mesmo o prazer de aprender. Então, era necessário, de uma maneira um pouco superficial, a partir do exterior, dar-lhes um pouco de vida. De acordo com uma fórmula que eu propus, a questão é saber se se trata de colocar flores no cemitério ou de ressuscitar os mortos! Muito frequentemente se coloca flores no cemitério para tentar embelezar os saberes aborrecidos, acadêmicos..., quando o problema é restituir aos saberes das disciplinas o seu fundamento.