INTRODUÇÃOÉ comum entre nós, professores da educação básica, depararmo-nos com concepções espontâneas errôneas sobre determinado domínio de matemática. Desse modo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta o estudo de frações em toda a educação básica. Segundo a referida BNCC, (Brasil, 2019, p. 298), o estudo de frações para o 6º ano deve contemplar os seguintes "significados (Parte/todo, quociente), equivalência, comparação. Adição e subtração; Cálculos da fração de um número natural; adição e subtração de frações".É possível que um novo fazer pedagógico, voltado ao estudo de frações, possa mudar esta realidade de aprendizagem em sala de aula. Neste sentido, temos como objetivo geral desta pesquisa desenvolver e avaliar uma sequência didática pedagógica para o ensino de frações a turmas do 6º ano da EEMEF Presidente Costa e Silva que contemple as concepções espontâneas dos estudantes oriundas de estudos realizados em anos anteriores ao Ensino Fundamental II.Assim, devemos também evidenciar o período pandêmico de Covid-19 que estamos vivenciando há aproximadamente 18 meses. Em razão desta circunstância, iniciamos o ano letivo de 2021 com aulas totalmente online, ou seja, de modo remoto, em que os alunos foram orientados por momentos de aulas assíncronas, respondendo atividades por meio de blogs ou sites oficiais da escola, pelo período de um trimestre letivo. Ademais, a partir do segundo trimestre, em decorrência do relaxamento acerca das medidas de isolamento social, foi incorporado o modelo híbrido de ensino, com grupos de estudos rotacionando as atividades semanalmente. Decerto, não é modelo perfeito para estudantes do Ensino Fundamental II, porém, boas contribuições estão sendo construídas neste processo de ensino e aprendizagem.Não obstante, fundamentamos nossa proposta de pesquisa em estudos das microconcepções, concepções espontâneas, concepções alternativas, dentre outras denominações semelhantes reveladas na literatura, conforme apontam pesquisadores (DORAN, 1972;VIENNOT, 1979;DRIVER, 1989). Estas investigações versam sobre ideias intuitivas dos estudantes acerca de vários domínios, como em matemática, física e ciências. Elas são percebidas desde da educação básica até o ensino superior; suas principais características, segundo Coll (2000, p. 182), são: "Possuem coerência do ponto de vista do aluno; são bastantes estáveis e resistentes; possuem um caráter implícito; são compartilhadas; procuram utilidade; são construções pessoais".