Historicizando o Novo Consumerismo Global Sob uma Perspectiva de Mundos Emergentes

Abstract

Resumo O avanço da desigualdade, da injustiça e da discriminação, e a emergência de movimentos anticonsumerismo no contexto do capitalismo neoliberal global, informam a explosão de debates corporações-sociedade no campo de Organizações e Gestão (O&G) e a construção do novo consumerismo global (NCG). Esse quadro é marcado pela radicalização da negação da face racialista do capitalismo modernista por historicismos antiamericanismo na Europa e na América Latina, que também desestabilizam e reforçam a rearticulação do historicismo discriminatório em consumerismo pelo NCG. Usando uma perspectiva crítica transmoderna enunciada em país emergente da América Latina, indo além das dicotomizações americanismo versus antiamericanismo e consumerismo versus anticonsumerismo, este artigo re-historiciza o movimento consumerista dos EUA, para mostrar que passados negados pelo anti-antiamericanismo racialista desempoderam academia e sociedade por meio de dinâmicas de apropriação e contenção de alternativas e identidades não discriminatórias, mobilizadas por mundos emergentes. Análise mostra que historicizações transmodernas podem permitir que NCG e o campo de O&G recuperem identidades discriminadas, promovam conhecimento para e com a maioria, ao invés de minorias, e atenuem o avanço do autoritarismo populista mobilizado pela supremacia branca.

Decolonial Reflections in Marketing: The Colonialities of Power, Knowledge and Being

“…The coloniality of power can be adopted by researchers from Marketing (and from other areas in the Management field) who intend to critically analyze several themes, such as: the historicization of certain Marketing themes based on a colonial logic, which serves the interests of certain privileged groups (see Faria & Hemais, 2018;; how international organizations and corporations legitimize their regulatory models to protecting their businesses, under the "market freedom" narrative (see Rodrigues & Hemais, 2020); or how economic policies from US institutions, under a Latin American development discourse, established Eurocentric principles in management education in Brazil (Wanderley & Barros, 2019 ).…”

“…Ever since, more management studies have been published adopting the decolonial perspective. Just to name a few examples of decolonial papers written by Brazilian researchers, Abdalla and Faria (2017) proposed the co-construction of an agenda in the field of Management and Organization Studies in and from Brazil, which fosters knowledge and practices informed by the decolonial option from a transcosmopolitan perspective; Sergio Wanderley (2015), wishing to increase space for debates in organization studies and promote alternatives to the neoliberal order, adopted the decolonial perspective to analyze dependency studies conducted by the Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) during the 1950s and early 1960s; Faria and Hemais (2018) rehistoricized, from a decolonial perspective, the consumerist movement in the USA, going beyond Americanism versus anti-Americanism and consumerism versus anti-consumerism dichotomies.…”