“…Miskolci afirma que esse regime de visibilidade, longe de ser visto apenas como positivo, prescreve um modo "correto" de estampar publicamente a homossexualidade por meio da mídia, ao mesmo tempo em que cinde as próprias homossexualidades, pois "algumas passaram a ser mais reconhecidas, visíveis e se tornaram modelares, enquanto outras foram mantidas ou relegadas ao repreensível mesmo não sendo necessariamente invisibilizadas" (2015, p. 68). A homossexualidade ainda é vista de modo negativo quando se trata de "homens femininos", travestis e pessoas trans, ou seja, quando apresenta o que o autor chama de "deslocamento de gênero", possivelmente pelo caráter perturbador que essas representações ainda evocam, especialmente nos redutos da população marcados pelo fundamentalismo religioso (Dullius & Martins, 2020;Freitas, Coimbra, & Fontaine, 2017;Gaspodini & Falcke, 2018).…”