“…De modo mais evidente, nas grandes cidades, o espaço tem sido engendrado com base em valores sustentados por vozes que enunciam as lógicas modernas e capitalistas; ou seja, a produção do espaço organizado e racionalizado de modo a possibilitar e propiciar a facilidade de circulação e controle de/sobre bens e de pessoas (BENJAMIN, 2009(BENJAMIN, , 2015HARVEY, 2008;LEFEBVRE, 2013). Esse processo busca ocultar espaços de uma "cidade transumante, ou metafórica" (CERTEAU, 2014, p. 159), formada por aquilo que não é previsível, aquilo do cotidiano que não é apenas repetição (CERTEAU, 2014;HELLER, 2015). Essa omissão intenta silenciar que o espaço é tensão constante entre diferentes forças, que é movimento constante, cruzamento, processo, que é "lugar praticado e plurivocal" (CERTEAU, 2014, p. 202).…”