2022
DOI: 10.1590/1982-2553202254436
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“O Carlos teve azar, foi o primeiro da lista”: reflexões sobre a repressão em Moçambique a partir da relação entre mídia e rap

Abstract: Resumo Este artigo analisa a repressão no cenário de Moçambique, país de língua oficial portuguesa, localizado na África Austral, tendo como objeto de estudo a relação entre a mídia e a música rap. O artigo apresenta o papel do rap como ferramenta contra-hegemônica e folkcomunicacional, que se contrapõe aos interesses das elites políticas globais e discute temas não debatidos na mídia. O trabalho também analisa o controle da mídia em Moçambique, discutindo aspectos históricos e suas configurações na atualidade… Show more

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“…A citação de Santos (2017: 87) -"Em outras palavras, sem Hip-Hop não há rap, assim como sem rap não há Hip-Hop" -resume o contexto do movimento hip-hop moçambicano: o rap como uma das artes mais significativas desse movimento. Este cenário torna-se evidente, por exemplo, pela tendência da produção científica (Rantala, 2014(Rantala, , 2019Araldi, 2016;Miambo e Cossa, 2019;Sitoe, 2019;Bussotti e Chinguai, 2020;Mendonça Júnior, 2021a, 2021b, 2022 valorizar substancialmente o rap, em comparação com outros elementos artísticos do movimento hip-hop, como os graffiti, o breakdance e os MC. O trabalho de Tirso Sitoe (2012) é aqui destacado porque analisa a importância dos graffiti entre membros de gangues juvenis em Maputo como ferramenta de autoexpressão, demarcação de território e afirmação de identidade.…”
Section: O Rap Como Meio De (Re)construção Da Memória Coletivaunclassified
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“…A citação de Santos (2017: 87) -"Em outras palavras, sem Hip-Hop não há rap, assim como sem rap não há Hip-Hop" -resume o contexto do movimento hip-hop moçambicano: o rap como uma das artes mais significativas desse movimento. Este cenário torna-se evidente, por exemplo, pela tendência da produção científica (Rantala, 2014(Rantala, , 2019Araldi, 2016;Miambo e Cossa, 2019;Sitoe, 2019;Bussotti e Chinguai, 2020;Mendonça Júnior, 2021a, 2021b, 2022 valorizar substancialmente o rap, em comparação com outros elementos artísticos do movimento hip-hop, como os graffiti, o breakdance e os MC. O trabalho de Tirso Sitoe (2012) é aqui destacado porque analisa a importância dos graffiti entre membros de gangues juvenis em Maputo como ferramenta de autoexpressão, demarcação de território e afirmação de identidade.…”
Section: O Rap Como Meio De (Re)construção Da Memória Coletivaunclassified
“…O trabalho de Mendonça Júnior (2021aJúnior ( , 2022 destaca o uso das línguas bantu no rap moçambicano como recurso para recuperar o valor das línguas nativas marginalizadas durante os períodos colonial e pós-independência, podendo aqui considerar-se o caso de Azagaia e a utilização da expressão "não felela" na letra da música "Ai de nós". Desta forma, entende-se que o rap moçambicano "se tornou […] uma das poucas formas de contestação direta contra o regime e suas práticas de corrupção e empobrecimento da maioria da população" (Bussotti e Chinguai, 2020: 84).…”
Section: O Rap Como Veículo De Vocalização Da Memória Coletiva Sobre ...unclassified