Comunicação, cultura e mundo da vida: as contribuições de Jürgen Habermas e Alfred Schutz

Abstract

Resumo Este artigo apresenta o conceito de mundo da vida e a sua contribuição-chave para uma teoria da cultura e da comunicação. Inicialmente desenvolvido pelo filósofo Edmund Husserl, o conceito foi aprimorado pelo filósofo e sociólogo austro-americano Alfred Schutz e adotado mais tarde por teorias consagradas, como as de Peter Berger e Thomas Luckmann no projeto de um construtivismo social, assim como por Jürgen Habermas no agir comunicativo como fundamento da razão, o que destaca a importância de tal empreendimento. O texto conceitua o mundo da vida como interface entre a teoria da comunicação e da cultura.

Teoria crítica e sociedade civil: rumo à democratização

“…O conceito incorpora as reflexões de Habermas, mas é desenvolvido por Cohen e Arato, e depois incorporado, como explica o próprio autor, no seu livro Direito e democracia (HABERMAS, 2002).…”

A Teoria do Agir Comunicativo como Perspectiva Ético-política da Gestão Educacional

“…É por meio de uma ação política, desvencilhada dos interesses sistêmicos e legitimada pelo fluxo comunicativo da esfera pública política, que podemos vislumbrar um novo contexto social. Essa seria, conforme Habermas (2002Habermas ( e 2003aHabermas ( e 2003b, a garantia para que os cidadãos exerçam, de forma democrática, seu direito de participação e expressão no Estado Democrático de Direito.…”

“…"O outro", então, não é visto como um objeto a ser submetido a condições, em uma relação de dominação como a burocrática (WEBER, 1999), e ser controlado pela gerência (heteronomia, o oposto da autonomia), como prescrevem as escolas tradicionais do pensamento administrativo (MOTTA e BRESSER-PEREIRA, 2004, TRAGTENBERG, 2006. "O outro" é entendido como um indivíduo com autonomia e capaz de exercer a racionalidade comunicativa, portanto, passível de imputação, como discute Habermas (1999aHabermas ( , 1999bHabermas ( , 2002Habermas ( , 2012aHabermas ( , 2012b e, assim, como alguém que pode expressar suas pretensões de validade em um ambiente de trabalho organizacional livre de pressões e constrangimentos.…”