“…Diante da expansão da formação de lugares de moradia informais e pobres, em várias localidades urbanas, os agentes censitários tinham dificuldade de delimitar o que poderia ser constituído como uma favela. Em 1950, Alberto Guimarães estabeleceu como medida o número de 50 domicílios em uma área ilegal e sem infraestrutura (OLIVEIRA, 2014;MOTTA, 2019;GONÇALVES, 2020). Belo Horizonte seguiu esse paradigma de identificação nos recenseamentos de favelas elaborados pelas agências locais do IBGE em 1955 e 1965; todavia, ainda que vinculados ao sistema estatístico nacional, os inquéritos das favelas da cidade não incorporaram a noção de "cor"/"raça", que balizou as estatísticas cariocas.…”