2018
DOI: 10.1590/1982-02672018v26e06d1
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A fabricação da alteridade nos museus da América Latina: representações ameríndias e circulação dos objetos etnográficos do século XIX ao XXI

Abstract: RESUMO Este artigo lança luz sobre representações ameríndias elaboradas em museus e baseadas em objetos, que reificaram certas imagens em circulação até os dias de hoje. Se, no século XIX, os habitantes da América eram representados como extintos, em vias de extinção ou com sinais visíveis de degenerescência, no século XXI, numa reviravolta histórica, os povos ameríndios criaram suas próprias representações e objetos, apropriando-se dos museus como espaços de mobilização pelos direitos e de reconstrução de sua… Show more

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“…No que se refere à Europa, a emigração de senegaleses precisa ser abordada mencionando a colonização europeia em África, pois o início da circulação de objetos entre ambas está ligado à presença de objetos trazidos da Europa pelos migrantes colonizadores e ao envio de diversos objetos da África para o "velho continente". De acordo com Glória Kok, "nos Séculos XVI e XVII, com a expansão ultramarina dos europeus, renovou-se o interesse pelos objetos coletados na Ásia, na África, na América e na Oceania, que no Ocidente moderno tornaram--se símbolos da acumulação de posses e de poder" (Kok, 2018: 02. Tradução nossa).…”
Section: Introductionunclassified
“…No que se refere à Europa, a emigração de senegaleses precisa ser abordada mencionando a colonização europeia em África, pois o início da circulação de objetos entre ambas está ligado à presença de objetos trazidos da Europa pelos migrantes colonizadores e ao envio de diversos objetos da África para o "velho continente". De acordo com Glória Kok, "nos Séculos XVI e XVII, com a expansão ultramarina dos europeus, renovou-se o interesse pelos objetos coletados na Ásia, na África, na América e na Oceania, que no Ocidente moderno tornaram--se símbolos da acumulação de posses e de poder" (Kok, 2018: 02. Tradução nossa).…”
Section: Introductionunclassified
“…16 "Tratava-se, então, pela via museal, de agir sobre o imaginário coletivo operando a passagem de um 'nós' metropolitano e homogêneo para um 'nós' imperial e heterogêneo" (STEVENS, 2008: 259 e 260, tradução nossa). Essa exposição serviu de modelo para as exposições latino-americanas, logo depois da independência dos países, na esteira dos ideais de construção de uma nação moderna (KOK, 2018).…”
Section: O Antropólogo Lewis Henryunclassified
“…Aos olhos dos colonizadores, os indígenas pareciam ser divididos em dois grandes grupos, o dos Tupispovos do litorale o dos Tapuiaspovos do sertão (RIBEIRO, 2009). Esta divisão se manteve não só como meio de distinção geográfico entre os povos, como, ao longo do período colonial, foi utilizada para classificá-los em categorias que se referiam a certos graus de civilidade − indígenas "dóceis" (tupis) e "bravos" (tapuias) − e para justificar as relações coloniais de dominação (KOK, 2019).…”
Section: A Construção De Um Imaginário Indígena E O Aporte Dos Museusunclassified