Mulheres jornalistas esportivas e mercado de trabalho: quem (não) as deixa trabalhar?

Abstract

Resumo O artigo analisa o discurso das mulheres jornalistas esportivas brasileiras que, a partir do manifesto #DeixaElaTrabalhar se reúnem em coletivo para denunciar situações de assédio e violência sofridos no exercício profissional. Mesmo após mais de um século de coberturas realizadas por mulheres que comprovam competência, habilidade e condições profissionais, o jornalismo ainda é um campo de discriminação e sexismo, em nível mundial. A editoria de Esportes é ainda marcada pela presença masculina e o desafio das mulheres ainda é de luta por espaço e oportunidades. A equidade entre homens e mulheres pregada pelo discurso jurídico ainda está distante da prática verificada por essas profissionais que demandam o direito de trabalhar.

Jogando como uma garota: uma revisão bibliográfica sobre atravessamentos de gênero nos eSports

“…Os artigos foram lidos e organizados nas categorias, juntamente com a exploração netnografica: corporalidade e esportes [6][7] [18][19], participação feminina em atividades esportivas competitivas e atividades relacionadas [20][21] [22][23][24] [25], gênero e esportes (teoria) [1][26], jogos eletrônicos e gênero [27][28],…”

Women Journalists and Social Media Activism: An Analysis of the Hashtags #DeixaElaTrabalhar and #LasPeriodistasParamos on Instagram

“…The group, which originated in connection to the feminist strike on 8 March 2018, became a form of online activism against the discrimination and the precarious situation of women in labour, especially in journalism and communications (Bernal-Triviño & Sanz-Martos, 2020). Similarly, Brazilian women sports journalists virtually gathered under the hashtag #DeixaElaTrabalhar which was born from a protest video created by 50 sports journalists (RWB report, 2020) to draw attention to the harassment and discrimination suffered within the field of sports journalism (Ramires, 2020). In both countries, there is evidence that the macho culture of the newsrooms -which several authors in the field have discussed in other regions (Melki & Mallat, 2019;Ross & Padovai, 2019;Allan, 2019) are the sexist environment, job insecurity or the wage gap affecting females within the media industry in Spain (Valcarcel, Fernández, and Castro-Martinez 2019), and the need for women journalists in Brazil to prove their professional worth to their bosses and colleagues daily (Ramires, 2020).…”