Introdução: Embora o COVID-19 esteja relacionado as manifestações otorrinolaringológicas, como tosse, odinofagia, dispneia, anosmia e disgeusia, estudos apontam que o SARS-COV-2 pode afetar também o sistema auditivo. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através da análise de artigos obtidos nas bases de dados Scielo, Pubmed, Dimensions, ScienceDirect e Embase. Foram utilizados descritores relacionados a Disfunções Auditivas e COVID-19, sendo selecionados apenas artigos no idioma inglês e português. Resultados: Durante a busca foram obtidos 669 artigos potencialmente relevantes e após análise por título, resumo e na integra, 33 artigos atenderam aos critérios de inclusão, representando um total de 10 mil pacientes aproximadamente, sendo 14 relatos de casos, 1 estudo de evidências baseadas em opiniões de especialistas, 7 revisões de literatura e 11 estudos observacionais não experimentais. Foram relatadas alterações de audição em 32 estudos, em um contexto de infecção recente por COVID-19. Desenvolvimento: Após análise, observou-se alterações como perda auditiva neurossensorial, condutiva e mista, uni/bilateral, leve/profunda, progressiva ou não, em associações com zumbido em 65,6% dos estudos, otalgia em 21,8%, plenitude aural em 6,25% e otite média e externa em 6,25%, além de alterações como hiperacusia em 3,12%. A maioria dos estudos realizaram audiometria tonal, impedanciometria e emissões otoacústicas evocadas transientes, como instrumentos de avaliação e os mesmos exames realizados em pacientes com infecção por COVID-19 recente, apresentaram piores desempenho auditivos