“…A maioria dos ossos quebrados apresentava características morfológicas das fraturas do tipo perimortem em ossos frescos, produzidas por percussão e vinculadas ao processo redutivo in situ dentro da prática funerária secundária, na sua etapa final de deposição no local de enterramento definitivo (Figura 5). Ao comparar com outros sítios arqueológicos, vemos que Lapa das Boleiras (Neves et al, 2002), Lapa do Santo (Strauss, 2010(Strauss, , 2014(Strauss, , 2016 e Lapa do Caboclo (Solari et al, 2012) Por outra parte, os mesmos ossos do sepultamento 1 que apresentaram fraturas perimortem também exibiram uma série de marcas longitudinais, retilíneas e paralelas sobre a superfície cortical externa, sendo classificadas como marcas de corte intencionais. Por sua morfologia e localização, foram identificados sinais de cortes resultantes de atividades de esfolamento e raspagem no crânio e na mandíbula, assim como ações de desarticulação e descarnamento de alguns ossos do esqueleto pós-craniano, produto de um descarnamento ativo do cadáver em uma etapa inicial, vinculada a acelerar o processo de decomposição/redução do cadáver e ajudar na limpeza do esqueleto dentro da prática funerária secundária (Figura 6).…”