“…É certo que aspectos tão genéricos quanto esses não contribuem para delimitar com clareza as fronteiras de uma disciplina e, não à toa, reina certa dificuldade em defini-la a partir de uma identidade homogênea (Callaway, Turner, Stone & Halstrom, 2020). Disso deriva, em grande medida, esforços em diferentes direções, seja em circunscrever a área a determinados perfis de pesquisadores, estabelecendo fronteiras entre o que deve ou não ser incorporado ao campo, seja ao apostar que a sua fluidez é justamente o seu potencial de inovação, criando um espaço de convivência entre diferentes abordagens disciplinares em espírito colaborativo e de experimentação, na esteira do que estipula o "Manifesto das Humanidades Digitais", lançado em março de 2010 no THATCamp em Paris (Moura, 2019;Dacos, 2011;Ramsay, 2016;Spiro, 2012).…”