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Resumo Diante da crescente discussão internacional sobre uma possível neodocumentação, em oposição a uma menor disseminação da abordagem clássica da Documentação, torna-se necessário tratar da relação entre as duas abordagens para uma compreensão da noção de documento em Ciência da Informação, bem como reconhecer a vigência de outras tradições de apropriação do conceito no campo informacional. Objetiva-se discutir a literatura sobre ‘documento’, partindo do olhar francófono (Bélgica e França, precisamente), no sentido de objeto material e simbólico, produto da prática documentária. Além disso, procura-se estabelecer relações entre esta conceituação e aquela da literatura de orientação anglo-americana denominada genericamente 'neodocumentação'. O percurso da reflexão, fruto de uma abordagem teórico-conceitual, sob uma via epistemológico-histórica e pragmática, discute a) a noção de documento proposta por Paul Otlet no início do século XX, em seguida desenvolvida por franceses, b) a produção anglófona que, em especial, a partir da década de 1990, toma por base ideias de Paul Otlet e Suzanne Briet para desenvolver suas argumentações, c) o ponto de vista de outras culturas de apropriação do conceito, como a espanhola, a italiana e a brasileira. Como apontamos conclusivos, observa-se que a construção histórica da noção de documento aponta que o mesmo é produto de ações de mediação, as quais se realizam por atividades como seleção, representação, ordenação, exposições, enquanto, sob outro ponto de vista, a abordagem dos neodocumentalistas privilegia o documento quanto às relações de poder que envolvem enquanto objeto produzido pelo homem, portanto, relações localizadas histórica, social e politicamente.
Resumo Diante da crescente discussão internacional sobre uma possível neodocumentação, em oposição a uma menor disseminação da abordagem clássica da Documentação, torna-se necessário tratar da relação entre as duas abordagens para uma compreensão da noção de documento em Ciência da Informação, bem como reconhecer a vigência de outras tradições de apropriação do conceito no campo informacional. Objetiva-se discutir a literatura sobre ‘documento’, partindo do olhar francófono (Bélgica e França, precisamente), no sentido de objeto material e simbólico, produto da prática documentária. Além disso, procura-se estabelecer relações entre esta conceituação e aquela da literatura de orientação anglo-americana denominada genericamente 'neodocumentação'. O percurso da reflexão, fruto de uma abordagem teórico-conceitual, sob uma via epistemológico-histórica e pragmática, discute a) a noção de documento proposta por Paul Otlet no início do século XX, em seguida desenvolvida por franceses, b) a produção anglófona que, em especial, a partir da década de 1990, toma por base ideias de Paul Otlet e Suzanne Briet para desenvolver suas argumentações, c) o ponto de vista de outras culturas de apropriação do conceito, como a espanhola, a italiana e a brasileira. Como apontamos conclusivos, observa-se que a construção histórica da noção de documento aponta que o mesmo é produto de ações de mediação, as quais se realizam por atividades como seleção, representação, ordenação, exposições, enquanto, sob outro ponto de vista, a abordagem dos neodocumentalistas privilegia o documento quanto às relações de poder que envolvem enquanto objeto produzido pelo homem, portanto, relações localizadas histórica, social e politicamente.
The author discusses application of innovative digital technologies in library bibliographic services. The digitalization cannot be limited to collection digitization, development of digital collections and provision of digital access to these collections. Its essential task is to find integrated solutions in bibliographic activities based on innovative system comprised primarily of the big data technology, machine learning and artificial intellect. The author examines the potential of artificial intellect systems implemented in many foreign libraries. Their successful experience is very promising. The artificial intellect is used for retrieving relevant and reliable information, mining bibliographic metadata, creating standard bibliographic records and reference lists, designing chat-bots, automatic in formation distribution on user request, selecting key values from document array. With digital technology advances, the bibliographers will have to be directly in volved in designing systems, services, programs and apps to provide bibliographic and information products and services so that traditional bibliographical principles, values and ethics lay the foundation for and are preserved in innovative artificial intellect technologies.
Objetivo: Explorar e analisar, através de uma perspectiva epistemológico-histórica enunciados que possibilitam o discurso métrico entre autores no âmbito de uma economia política da produção científica. Mais especificamente, aquele discurso que permite medir e estabelecer um tipo de ranking entre os autores. Propor que a noção de biobibliografia, mais que a noção geral de bibliografia, está diretamente ligada a esta conformação discursiva. A pesquisa está voltada para a autoria científica. Método: O procedimento metodológico adotado se define pela exploração teórica aplicada à literatura científica. Dar-se-á maior relevância aos enunciados produzidos no campo de saber da Biblioteconomia e Ciência da Informação (BCI), apesar de não se restringir a este. A unidade discursiva, que permite descrever, medir e classificar os autores científicos, se forma a partir da relação heterogênea entre enunciados que lidam com as noções de autor e medição. Portanto, tratamos destes enunciados enquanto acontecimentos que constroem este saber. Resultado: A exploração demonstra que as ideias de medição e de classificação entre os autores já era possível no início do século XX. No entanto, de uma perspectiva histórica podemos aferir algumas mudanças epistêmicas que influenciaram a esta prática. O caráter quantitativo está presente nos dois modelos discursivos estudados. No entanto, a formação dos objetos quantificados difere. No primeiro caso, há uma preocupação em medir a superioridade de um autor sobre o outro na superfície discursiva acerca deles, uma espécie singular de ordem moral (um ethos vertical para estabelecimento de padrões de comportamento). Em um segundo momento, que chamamos de virada epistêmica, temos que a produtividade autoral é fator de maior relevância para classificar a autoria científica. Assim, no capitalismo, a obra é convertida em produto e o autor em produtor. Conclusões: A noção da medida e de autor estão, há muito tempo, presentes no macro discurso da bibliografia, enquanto discurso de saber. No entanto, podemos afirmar que estas relações não são estáticas no tempo. O discurso biobibliográfico sustenta a prática classificadora entre sujeitos. Ele passou de polo biográfico para uma episteme da produção bibliográfica do indivíduo, atravessado por questões métricas. Se a bibliometria só é possível pela estruturação de uma prática bibliográfica, também a avaliação pelo critério de produção para sujeitos, dotados da função autor, perpassa por uma lógica biobibliográfica, podendo sustentar uma noção “bio-bibliométrica”.
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