América Latina No Século Xxi E a Reestruturação Produtiva À Luz Da Teoria Da Cepal

Abstract

RESUMO Ao longo dos 70 anos de existência da CEPAL o pensamento que inspira seus principais trabalhos esteve guiado pelo método histórico estrutural e a perspectiva do sistema centro-periferia, a qual salienta que as possibilidades de desenvolvimento da região “periférica” estariam condicionadas pelos movimentos da economia mundial. Na década de 1990, os países da região aderem aos modelos de ajuste estrutural, concretizando o triunfo do neoliberalismo. Diante desse contexto, o debate sobre a necessidade da industrialização regional ainda segue vivo, alimentado, de um lado, pelo desempenho industrial medíocre da região latino-americana e, por outro, pelo fato de a região ter sido beneficiada pela favorável conjuntura internacional na primeira década do século XXI, mas com a ampliação dos setores produtores de commodities. Assim, este artigo tem como objetivo analisar a reestruturação estrutural no começo do século XXI em América Latina, tendo como base teórica as contribuições da CEPAL, para entender com se apresenta a mudança estrutural nas economias da região. Observou-se que a mudança estrutural na América Latina no século XXI aconteceu de forma complexa, e sua compreensão requer a análise de muitas variáveis que entrariam na construção do caminho para o desenvolvimento na visão da CEPAL.

Impactos das reformas regulatórias sobre a oferta de energia elétrica: uma análise comparativa das experiências do Brasil, Chile, Colômbia e México

“…A Tabela 9Tabela 9 apresenta, portanto, os resultados dos modelos e a análise dos resultados é realizada na sequência, separada por modelo e por variável dependente analisada. Nos países da América Latina, a industrialização ocorreu ao contrário, ela diminuiu, com o período de desindustrialização, especialmente na década de 1990, resultado da maior globalização das economias (Oreiro & Feijó, 2010) e ideais neoliberais (Milani & Hortencio, 2020). O processo industrial sofreu inversão devido às falhas nas políticas industriais e ausência destas, além de juros elevados, baixo ou nenhum investimento, câmbio sobrevalorizado e abertura comercial demasiada nos países (Cano, 2012).…”

“…Adicionalmente a este contexto de possível desindustrialização, uma possível explicação para a relação negativa encontrada neste estudo, refere-se à especialização gradual das economias latino-americanas em commodities minerais e alimentares (Milani & Hortencio, 2020). Os achados evidenciam que a expansão da capacidade instalada após os eventos de desestatização necessita do aprimoramento das reformas regulatórias, quando houver insuficiência de estímulos à competição (Zhang, Parker & Kirkpatrick, 2008).…”