O artigo procura construir um diálogo entre distintas abordagens do desenvolvimento latino-americano com o objetivo de melhor entender permanências institucionais que têm influenciado esse processo. Ele está dividido em seis partes. Nas duas primeiras, resgata contribuições da teoria da dependência e da abordagem da CEPAL. A terceira seção explora o approach variedades de capitalismo e sua particular descrição do modelo de capitalismo latino-americano. Considera que esse approach tem grande potencial para guiar pesquisas voltadas a entender as rigidezes institucionais que bloqueiam o desenvolvimento da região. Na quarta, trata dos aspectos políticos, institucionais e internacionais que marcaram e comprometeram a industrialização por substituição de importações, explicando a seguir a transição para as reformas neoliberais, e, finalmente, trata das regularidades e deficiências do desempenho econômico recente na América Latina. Sua principal contribuição é mobilizar abordagens diversas numa tentativa de análise que busca enquadrar os entraves políticos e institucionais ao desenvolvimento da região.