Não raro a academia e a crítica cotejam o cineasta austríaco Béla Tarr com o filósofo alemão Friedrich Nietzsche a partir do filme O cavalo de Turin (TARR, 2011), haja vista que tal encontro parece quase necessário quando se defronta a referência ao suposto ocorrido que teria levado Nietzsche à loucura. Neste artigo propõe-se outro ponto de encontro entre os dois, a saber, a aproximação não tão evidente entre a Genealogia da Moral (1999) e o filme Satantango (TARR, 1994), em uma discussão calcada, sobretudo, nos conceitos de niilismo, vontade de potência e má-consciência.