“…é também corroborada nos estudos realizados porSimiano (2017) ao descrever o professor como um narrador das experiências infantis, que valoriza o que é chamado pela autora como pequenas preciosidades, estas reconhecidas pelo adulto conforme este considera e traz à relevância o que é inventado pela criança, interpreta, dá significados e conta as histórias vividas pelas crianças em seu cotidiano de pesquisas e descobertas.Considerando a busca dos significados emersos do fazer infantil como ação inerente ao trabalho do professor atuante na Educação Infantil,Rinaldi (2016), fazendo referência a experiência italiana de educação infantil, trata desse movimento como ação interpretativa das teorias compartilhadas pelas crianças. A autora contribui à reflexão sobre o processo ao abordar o que chama de "pedagogia da escuta"(RINALDI, 2016, p. 236) sob uma perspectiva na qual a sensibilidade de escutar é colocada em pauta, de modo que se despenda tempo para escutar e reconhecer as muitas linguagens utilizadas para comunicar, para receber as diferenças, legitimar e dar visibilidade aquele que comunica, visto que "um 'contexto de escuta' é criado quando os indivíduos sentem-se legitimados para representar suas teorias e oferecer sua interpretação"(RINALDI, 2016, p. 237).Para que estes contextos de expressão e escuta sejam possibilitados, Rinaldi (2016) acrescenta que além de apoiar e mediar as ações comunicativas das crianças além do que é faladoo professor observa, documenta e interpreta, torna a escuta visível.…”