O Dinamismo de uma Prova Escrita em Fases: um estudo com alunos de Cálculo Diferencial e Integral

Abstract

Resumo Neste artigo, ancorados em uma avaliação da aprendizagem como prática de investigação e oportunidade de aprendizagem, apresentamos uma discussão a respeito do comportamento do instrumento de avaliação prova escrita em fases (prova em fases) evidenciado em uma pesquisa. A pesquisa, de natureza qualitativa de cunho interpretativo, teve como sujeitos a professora e 48 alunos matriculados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral - CDI de uma universidade federal do Paraná, os quais realizaram uma prova escrita em 10 fases. Na discussão, buscar-se-á evidenciar a prova escrita em fases como um recurso de ensino, de aprendizagem e de avaliação; reconhecer seu aspecto dinâmico na medida em que se apresenta em uma nova forma a cada fase realizada; como um meio que favorece que professor e aluno se comuniquem de forma individualizada, mesmo que os argumentos sejam construídos no coletivo (discussões em sala, discussão entre os alunos).

Ações discentes pós-prova de matemática de estudantes moçambicanos de um curso de licenciatura em ensino de matemática

“…No que tange à avaliação, temos acompanhado diversas críticas à avaliação somativa e, contrariamente, uma excessiva ênfase é dada à avaliação formativa, embora uma utopia promissora (Hadji, 2001) ou uma visão otimista, mas incompleta (Black, 2015). Isso, porventura, pode estar relacionado com muitos estudos e propostas que vinculam a avaliação à aprendizagem em uma relação cada vez mais exigente -avaliar para se informar e oportunizar a aprendizagem (Mendes & Buriasco, 2018). Nesse sentido a avaliação tem sido classificada como avaliação da aprendizagem, avaliação para a aprendizagem e avaliação como aprendizagem (Andersson & Palm, 2017;Black, 2015;Dann, 2014;Earl, 2013) ou avaliação diagnóstica, avaliação formativa e avaliação sumativa (Hadji, 2001;Barlow, 2006;Haydt, 1997;Perrenoud, 1999).…”

“…Atualmente, há estudos que vinculam a prova escrita à avaliação formativa propondo a realização da prova em fases (Trevisan & Buriasco, 2016;Mendes & Buriasco, 2018) ou analisando "as possibilidades das provas serem implementadas na perspectiva de uma avaliação formativa" (Moraes, 2011, p. 223). Embora Santos (2019) 4 afirme que a prova não é formativa porque seu propósito é somativo, admite que a forma como o professor vai usar a prova, explorando-a de outro modo, pode torná-la formativa.…”

Teacher assessment action in mathematics classes: a study with teachers from the 2nd cycle of Mozambican general high school education

“…In a different movement from this disjunctive-excluding categorisation, current research suggests a critical and articulating view of the different fragments of educational assessment. In this sense, some studies link the test to the formative assessment, proposing the test in phases (Trevisan & Buriasco, 2016;Mendes & Buriasco, 2018), and others that criticise the use of adjectives and the polarisation of the summative and the formative assessments. In her review article, Lau (2016) questions the association of the formative assessment as good and the summative assessment as bad, whereas Shavelson (2018) calls attention to the false dichotomies in the approach of the formative (contextualised) and the summative (standardised) assessments and argues that "[…] the big question is not whether assessments should be 'standardised' or 'contextualised', but whether the evidence collected rigorously addresses the policy and/or practice issues that drive the assessment" (Shavelson, 2018, p. 2).…”

“…Hadji (2001) states that it is a utopia that indicates the objective but not the path, whereas Black (2015) considers it an optimistic but an incomplete view. What seems consensual is the recognition of its potential in improving student performance and the role of control to favour learning, with an emphasis on the ongoing teaching-learning process (Hadji, 2001, Earl, 2013, Mendes & Buriasco, 2018, Widiastuti & Saukah, 2017, Andersson & Palm, 2017. Specifically, Widiastuti & Saukah (2017, p. 52) present the following characteristics: "(a) it is an assessment teachers carry out daily during the teaching and learning process; (b) it provides feedback to teachers for immediate review; and, (c) it aims to modify teaching and learning activities to improve student performance.…”

Inovações tecnoeducativas: Uma análise do uso de weblog no ensino de inglês como LEM

“…Assim, sendo a avaliação um processo sistemático, dinâmico e contínuo que busca desvelar o processo de aprendizagem, a mesma gera informações que servem para o professor reorientar a sua prática e, para o estudante, aperfeiçoar sua aprendizagem (Mendes, Buriasco, 2018). Neste sentido, o ato de avaliar também deve ser entendido como um momento de aprendizagem para os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem.…”