2022
DOI: 10.1590/18094449202200650014
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As Cores da Masculinidade: Experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América, de Mara Viveros Vigoya

Abstract: Os estudos de gênero, em sua maioria, estiveram centrados nas mulheres. Desde os anos 1970, porém, os Estudos das Masculinidades vêm se consolidando como um novo campo de pesquisa. Em Cores da Masculinidade: Experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América, Mara Viveros Vigoya, ao investigar as masculinidades de um ponto de vista interseccional, traz novas e importantes contribuições para os estudos de gênero, em particular para as(os) estudiosas(os) que buscam enfatizar a dimensão relacional … Show more

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“…Assim, foram os avanços do movimento feminista que conduziram mundo afora a uma reflexão sobre os conceitos de "machismo estrutural" e "masculinidades hegemônicas" (CONNELL, 2013). As análises de feministas interseccionalistas (VIGOYA, 2018), que identificaram a importância das diferenças de classe e preconceitos raciais (as "masculinidades subalternas") na compreensão das relações de poder, as quais, por sua vez, ampliaram a análise do exercício do poder (antes concentrado apenas nos termos da diferença de gênero), abriram terreno para o desenvolvimento do interesse sobre o tema das masculinidades por parte dos próprios homens. Também o movimento de liberação gay passou a problematizar a opressão sofrida pelo próprio homem (além daquela exercida por ele sobre a mulher), o qual iniciou um período de ataque massivo aos estereótipos de gênero, levando ao surgimento da ideia de "hierarquia de masculinidades" e ao questionamento de quaisquer reivindicações universalizantes da categoria de "homem" (MEIKSINS-WOOD , 1986).…”
Section: Introductionunclassified
“…Assim, foram os avanços do movimento feminista que conduziram mundo afora a uma reflexão sobre os conceitos de "machismo estrutural" e "masculinidades hegemônicas" (CONNELL, 2013). As análises de feministas interseccionalistas (VIGOYA, 2018), que identificaram a importância das diferenças de classe e preconceitos raciais (as "masculinidades subalternas") na compreensão das relações de poder, as quais, por sua vez, ampliaram a análise do exercício do poder (antes concentrado apenas nos termos da diferença de gênero), abriram terreno para o desenvolvimento do interesse sobre o tema das masculinidades por parte dos próprios homens. Também o movimento de liberação gay passou a problematizar a opressão sofrida pelo próprio homem (além daquela exercida por ele sobre a mulher), o qual iniciou um período de ataque massivo aos estereótipos de gênero, levando ao surgimento da ideia de "hierarquia de masculinidades" e ao questionamento de quaisquer reivindicações universalizantes da categoria de "homem" (MEIKSINS-WOOD , 1986).…”
Section: Introductionunclassified
“…Esses três meios são intercambiáveis, mas têm no colonialismointroduzido a partir dos primeiros contatos entre colonizadores e colonizados/aso modo de organização que articula os outros e do qual o conceito de raça (e racismo) surge como desdobramento. As ideias de colonialidade (BENTO, 2022;CASTRO-GÓMEZ, 2007;GROSFOGUEL, 2016;LANDER, 2005;MIGNOLO, 2017;QUIJANO, 2005QUIJANO, , 2009SEGATO, 2012;WALSH, 2009a) e de interseccionalidade (AKOTIRENE, 2019;CRENSHAW, 2002;LUGONES, 2020;VIGOYA, 2018), as quais explicaremos adiante, agruparão os três modos, não havendo, portanto, a necessidade de repeti-los constantemente separados.…”
Section: Início De Partidaunclassified
“…Cada santo se converteu, assim, em um Deus africanizado. (GROSFOGUEL, 2012, p. 352-353) Queremos elucidar aqui que as práticas sociais são capazes de ganhar novos CARNEIRO, 2019;CREENSHAW, 2004;GONZALEZ, 1984;KILOMBA, 2019;LUGONES, 2014LUGONES, , 2020RIBEIRO, 2017;SANTOS, 2007SANTOS, , 2008SANTOS, , 2018aSANTOS, , 2018bSEGATO, 2012;VIGOYA, 2008VIGOYA, , 2016VIGOYA, , 2018 A decolonialidade é uma práxis, e quando falamos de pedagogia decolonial, isso não se restringe à escola ou à universidade, pois é um projeto de vida que nos faz desaprender para aprender de outro modo (WALSH, 2009a(WALSH, , 2009b(WALSH, , 2012(WALSH, , 2013(WALSH, , 2018 , 2020).…”
Section: Guedesunclassified
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