A pandemia do Covid 19, nos anos de 2020 e 2021, resultou em um alto índice de desemprego em todo o Mundo e no Brasil. Diante da redução da renda, pessoas se viram impulsionadas a ingressar no empreendedorismo por necessidade, enfrentando dificuldades para a sobrevivência e crescimento. O cenário impactou especialmente as mulheres, cujos negócios foram paralisados devido às restrições, mudanças nos padrões de consumo e vivenciaram a necessidade de conciliar o trabalho e a gestão das famílias.Frente a esse problema, o projeto de extensão da aceleradora Arretadas, realizado nos anos de 2020 e 2021, teve como objetivo apoiar mulheres microempreendedoras formais e informais nas zonas periféricas do Litoral Sul da Bahia, Brasil. Com base na metodologia da pesquisa ação, o projeto ofereceu mentorias individuais e coletivas e acesso a pequenos fundos de crédito rotativo.Foram atendidas 20 mulheres empreendedoras, por meio de encontros semanais individuais e coletivos. O público-alvo priorizou mulheres, mães e/ou autodeclaradas negras, e/ou indígenas, e/ou LGBTQIAPN+, com renda familiar mensal de até dois (2) salários mínimos. Dentre os principais resultados alcançados, destacam-se: a efetiva participação de 19 mulheres inscritas no ciclo de aceleração, o engajamento de 20 voluntárias profissionais, a satisfação de 73% das participantes com o impacto das mentorias, o fornecimento de assessorias que contribuíram para a consolidação dos negócios, o aumento das vendas e a elevação da autoconfiança das empreendedoras envolvidas. Além disso, o projeto resultou na consolidação de uma rede de colaboração entre mulheres empreendedoras no Sul da Bahia.