2019
DOI: 10.1590/18094449201900560005
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Ser e devir: Butler leitora de Beauvoir

Abstract: Resumo Neste artigo, parto de uma quase-homofonia possível com a consagrada frase de Simone de Beauvoir ( on ne n’aît pas femme, on devient ) a fim de operar com a radicalidade do seu pensamento, esta que Judith Butler dirá que a própria filósofa francesa não foi capaz de antecipar. Essa radicalidade como potência do pensamento de Beauvoir é o que anima o percurso, cujo objetivo final é desmontar a falácia da chamada “ideololgia de gênero” e acentuar a força da filosofia de Beauvoir no contexto político contem… Show more

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“…Um detalhe importante é que na modernidade esse sujeito designativo é hegemonicamente homem, heterossexual, branco, eurocêntrico, em que a mulher aparece como o "outro" da razão positiva. Ou seja, aquilo que o homem sempre quis dominar, tomado pelo medo (os impulsos, a natureza, as emoções), historicamente delineia a representação sexista do corpo feminino, produzindo discursos opressivos, daí nossa implicação no descuidar das violências estruturais de gênero (23)(24)(25) . Sob a pretensão da razão de constranger as forças naturais, contraditoriamente, na sanha de submetê-la, o ser humano caiu dominado por ela, externa e internamente, afundando-se numa espécie de "barbárie".…”
Section: Cuidar Para Descuidar: Negatividade Como Crítica Discursivaunclassified
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“…Um detalhe importante é que na modernidade esse sujeito designativo é hegemonicamente homem, heterossexual, branco, eurocêntrico, em que a mulher aparece como o "outro" da razão positiva. Ou seja, aquilo que o homem sempre quis dominar, tomado pelo medo (os impulsos, a natureza, as emoções), historicamente delineia a representação sexista do corpo feminino, produzindo discursos opressivos, daí nossa implicação no descuidar das violências estruturais de gênero (23)(24)(25) . Sob a pretensão da razão de constranger as forças naturais, contraditoriamente, na sanha de submetê-la, o ser humano caiu dominado por ela, externa e internamente, afundando-se numa espécie de "barbárie".…”
Section: Cuidar Para Descuidar: Negatividade Como Crítica Discursivaunclassified
“…Basta olharmos ao redor para percebermos que continuamos a lidar com as mazelas do ressentimento. Não precisamos de muito para constatar que a mulher como "o outro da razão", também nominada como corpo, emoções, natureza e sexualidade que desviam o homem do seu reto caminho, segue como alvo de opressões baseadas nas condições de gênero, raça, classe e geração (23,25) . É contra o totalitarismo da razão e linguagem identificadora, positiva, masculina, unificadora do particular no universal sob discursos rotuladores que a negatividade se coloca.…”
Section: Cuidar Para Descuidar: Negatividade Como Crítica Discursivaunclassified
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“…Nesta perspectiva é possível compreender o gênero não mais por um viés estrutural essencialista, mas por uma perspectiva onde o gênero é um devir performativo e inconstante [12]. O gênero feminino pode ser compreendido dentro do dispositivo de poder numa relação de alteridade hierárquica, entretanto não deve ser reduzido ao papel de "outro" diante do "sujeito" do gênero masculino.…”
Section: O Movimento Feminista Brasileiro E O Conceito De Gênero Cont...unclassified