2018
DOI: 10.1590/18094449201800520016
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O corpo das mulheres brasileiras e o seu estereótipo no universo fitness em Portugal

Abstract: ResumoEstudos sobre a representação da brasileira em Portugal a retratam como uma mulher "fácil, vítima da dominação pós-colonial e patriarcal. Recentemente, o surgimento de uma ginástica "Made in Brasil", publicitando "o segredo da mulher brasileira", nos levou a investigar a subjetificação destas imigrantes através do corpo, a partir de entrevistas e observação participante. Constatou-se além da hipersexualização da imagem, que as brasileiras entrevistadas entendem as qualidades pelas quais são identificadas… Show more

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“…As experiências das mulheres brasileiras com preconceito e discriminação em Portugal têm sido amplamente discutidas na literatura (Cunha, 2005;França;Padilla, 2019;Gomes, 2013a;Neves, 2010;Novaes;Rossi, 2018;Padilla, 2007b;Pontes, 2004;Queiroz;Cerqueira, 2020). Em Portugal, a colonialidade, juntamente com o racismo e o sexismo, desempenha um papel central na experiência das brasileiras e no reforço da sua construção como um "corpo colonial" hipersexualizado (Gomes, 2013a;Padilla, 2007b).…”
Section: Introductionunclassified
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“…As experiências das mulheres brasileiras com preconceito e discriminação em Portugal têm sido amplamente discutidas na literatura (Cunha, 2005;França;Padilla, 2019;Gomes, 2013a;Neves, 2010;Novaes;Rossi, 2018;Padilla, 2007b;Pontes, 2004;Queiroz;Cerqueira, 2020). Em Portugal, a colonialidade, juntamente com o racismo e o sexismo, desempenha um papel central na experiência das brasileiras e no reforço da sua construção como um "corpo colonial" hipersexualizado (Gomes, 2013a;Padilla, 2007b).…”
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“…De acordo com Piscitelli (2008b:787), as "noções sobre a feminilidade brasileira que a marcam com sensualidade, mas também com a valorização da domesticidade e o interesse pela maternidade" 6 dotam essas mulheres de um "valor" particular nos mercados matrimoniais. Na mesma linha, algumas brasileiras agenciam características sociais e essencializadas que lhes são atribuídas -sensualidade e beleza -, legitimando suas atuações como profissionais e especialistas em determinados nichos de trabalho, como por exemplo, o setor de beleza (Lidola, 2015;Malheiros;Padilla, 2015;Novaes;Rossi, 2018). Ao mobilizar seus corpos como um tipo de capital social e estético-corporal (Malheiros;Padilla, 2015) e exaltar aquilo que é a causa da sua marginalização, almejando subverter o discurso hegemônico, essas mulheres se engajam em um "modo de subjetivação de resistência afirmativa" (Gomes, 2013a).…”
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