“…Assim, as entrevistas e todas as discussões que compõem a etnografia fazem parte de um movimento mais amplo de elaboração de opinião, o qual é mediado por diversas instituições (a família aparece com mais força em algumas falas, a escola em outras, a igreja em outras), mas primordialmente sustentado pelo uso das redes sociais digitais, isto é, pela observação dos outros usuários em ação e pela análise da própria atuação enquanto produtores. Por isso, consideramos que as pesquisas empíricas sobre usos sociais dos meios de comunicação, como são amplamente realizadas nos estudos de recepção (SCHMITZ et al, 2015), por exemplo, configuram-se como situações de socialidade (MARTÍN-BARBERO, 2004): momentos de pensar sobre os usos, apropriar-se dos sentidos e compartilhar impressões, sensações, críticas e preferências.…”