Escleromorfismo foliar de Aldina heterophylla Spruce ex Benth (Leguminosae: Papilionoideae) em três campinas da Amazônia Central

Abstract

Maria Sílvia de MENDONÇA 3RESUMO -Aldina heterophylla, Leguminosae: Papilionoideae, é uma espécie facilmente encontrada em diferentes campinas da Amazônia Central. Possui características morfológicas que revelam a sua interação com o ambiente, apresentando variação no seu porte nas diversas campinas sob distintas condições de solo, luz e temperatura. O presente estudo foi realizado com a intenção de conhecer o grau de escleromorfismo das folhas em condições ambientais diferentes. De folhas ao sol e à sombra coletadas em três campinas da Amazônia Central (campina aberta, campina alta e campina sombreada), foram feitos cortes histológicos e dissociação de epidermes, para a descrição anatômica das mesmas. De maneira geral, em todos os macroambientes a planta desenvolve estruturas escleromorfas. Sugere-se que Aldina heterophylla está melhor adaptada às condições ambientais da campina alta, visto que ali apresenta crescimento exuberante, em relação à campina aberta e à campina sombreada. Palavras-chave: anatomia foliar, campinarana, macucu.Leaf Seleromorphism of Aldina heterophylla Spruce ex Benth (Leguminosae: Papilionoideae) in Three "campinas" of Central Amazonia.ABSTRACT -Aldina heterophylla (Leguminosae: Papilionoideae) is a species commonly found in campinas (dwarf forest on white sand) in central Amazonia. Some of its morphological sun and shade conditions in three central Amazonia campinas ("open", "high" and "shaded" campina), were used for histological sections and epidermal preparations for anatomical description. In heterophylla is better adapted to the environmental conditions of "high" campina, where it showed more exuberent growth, than in "open" or "shaded" campina.

Leaf structure of the cerrado (Brazilian savanna) woody plants

“…The scleromorphic features of some succulents from deserts have been associated to the lack of nitrogen in the soil (Evenari 1949) and the sclerophyllous plants of the Central America tolerate low phosphorus levels in the soil by reducing their protein synthesis and increasing their quantity of fibers (Loveless 1961). According to Araujo and Mendonça (1998), specimens of Aldina heterophylla (Leguminosae) show a marked trend to scleromorphism in Amazonian regions of ''campina aberta'', where the soil is poor, the light is intense and the temperature is high. The scleromorphic structures present in some orchids from the ''campinas abertas'' of the Amazonian be also related to the low level of soil fertility (Bonates 1993).…”

Análise da superfície foliar e agrupamento de 10 espécies arbóreas: uma ferramenta na identificação de espécies Amazônicas

“…Guazuma ulmifolia e Virola surinamensis); and (iii) sinuosa (e.g., Vismia guianensis, Cenostigma tocantinum e Dicypellium caryophyllaceum) Pode-se destacar que a sinuosidade da epiderme de uma folha, está diretamente ligada ao ambiente que a folha se desenvolve já que, paredes celulares com sinuosidades estão ligadas à exposição das plantas à diferentes intensidades luminosas do ambiente em que se desenvolvem, e o espessamento das paredes dessas células pode estar associado ao desenvolvimento em altos níveis de luminosidade (Araújo;Mendonça 1998;Alquini et al, 2003). Ou possibilidade para essa sinuosidade são as tensões ocorridas durante a diferenciação das células ou ao endurecimento da cutícula (Alquini et al, 2003 Ressalta-se que todas as espécies foram coletadas em floresta tropical úmida fechada e são espécies que chegam no dossel floresta e Johnson (1975) explica que os tricomas aumentam a transpiração por constituírem superfície adicional no processo de evaporação, sendo este o motivo de nem todas as espécies apresentarem tricomas, já que as espécies vivem em ambiente de bastante incidência solar e necessitam de estratégias para diminuir a perda de água.…”

Epiderme dos segmentos foliares de Mauritia flexuosa L. f. (Arecaceae) em três fases de desenvolvimento

“…1A). Araújo & Mendonça (1998) nos resultados do seu trabalho com Aldina heterophylla Spruce ex Benth., relatam que a sinuosidade da parede das células epidérmicas está diretamente ligada à exposição das plantas ao sol ou a sombra e que o espessamento das paredes dessas células pode estar relacionado com a alta intensidade luminosa. Para Alquini et al (2003), a sinuosidade da parede anticlinal está especialmente relacionada com o ambiente em que a folha se desenvolve.…”