Crescimento diferencial e nutrição em Catoprion mento (Characoidei). Peixe lepidófago da Amazônia.

Abstract

Crescimento diferencial e nutrição em Catoprion mento (Characoidei). Peixe lepidófago da Amazônia . ResumoCatoprion mento (Caracoldei) é um serrasalmfdeo lepldófago que se alímenta principalmente de Insetos, quando jovem: com 75 a 125 mm de comprimento padrl!o consome Insetos e escamas em Igual porcentagem, tendo uma distinta preferência por escamas, quando adulto. O crescimentl) do trato digestivo, altura do corpo e largura da cabeça (representada pelo espaço lnterorbital) mostra forte alometrla positiva, com um ponto crítico de crescimento para a altura. A cabeç.1 mostra alometria negativa em seu crPscimento. O diferencial e a preferência alimentar estão provavelmente relacionados . lNT.RODUÇÃONo decorrer da pesquisa realizada na Usina Hidrelétrica de Curuá-Una visando o estudo das condições limnológicas daquela represa, atendendo ao convênio entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e a Eletrobrás, tivemos a oportunidade de coletar exemplares de Catoprion mento (Cuvler), Serrasalmidae guianense-brasileiro, cuja preferência alimentar pelas escamas de outros peixes é conhecida. Uma vez que a amostragem possibilitava, resolveu-se realizar o estudo de seus hábitos alimentares e crescimento contribuindo para o melhor conhecimento da biologia da espécie.Em 1859, Kner encontrou muitas escamas no estômago de um espécime com cerca de 150 mm de comprimento. Porém, situou C. mento como sendo predador . Gosline ( 1951), ao examinar quatro espécimes, encontrou dois com escamas no estômago e aparentemente estava consciente do significado de sua presença. Ladiges (com. pessoal) observou em aquário o comportamento do peixe, o qual arranca fi leiras verticais de escamas de baixo para cima, graças à sua proeminente mandíbu-la, que contém dentes m:als ou menos evertidos .

Functional morphology of feeding in the scale-eating specialistCatoprion mento

“…Its natural diet throughout most of ontogeny contains scales and, as adults, Catoprion feeds almost exclusively on this derived food source (Sazima, 1983;Taphorn, 1992;Vieira and Gery, 1979). Anatomically, Catoprion has a longer jaw with a distinctive curve, reduced and everted pedicel-like teeth and an even less protrudable maxilla than its vegetarian serrasalmine ancestors.…”

“…Its reduced, conical-shaped teeth on the upper jaw project forward when the jaws are closed (Gery, 1977;Sazima, 1983;Taphorn, 1992). The dietary breadth of Catoprion mento is one of the narrowest reported for fishes; scales form an important proportion of the diet throughout most of ontogeny, and adults feed almost entirely on this prey (Vieira and Gery, 1979;Sazima, 1983;Nico and Taphorn, 1988). Despite our perception that scales should be an unappetizing meal, lepidophagy is relatively widespread in fishes, having evolved independently in at least five freshwater and seven marine families (Sazima, 1983).…”

Composition and trophic structure of the ichthyofauna from a stream downriver from Santo Antonio Falls in the Madeira River, Porto Velho, RO

“…Due to the enormous area of the basin, it is very difficult to obtain systematized knowledge with respect to the ichthyofauna (Bohlke et al 1978). In general, studies on the Amazonian ichthyofauna are temporally restricted and geographically concentrated in the Central Amazon (Junk et al 1983, Merona & Bittencourt 1993, Sabino & Zuanon 1998, Siqueira-Souza & Freitas 2004, Pazin et al 2006, Trombetas River (Ferreira et al 1993) and the estuary region (Honda 1974, Vieira & Gery 1979. There is few biological and ecological information about the fish fauna of the Brazilian part of the Madeira River basin, the largest and most complex Amazon River tributary and that harbors a very high species richness (Torrente-Vilara et al 2005, Rapp Py-Daniel et al 2007.…”

Molecular delimitation and taxonomic revision of the wimple piranha Catoprion (Characiformes: Serrasalmidae) with the description of a new species

“…C. absconditus presents anterior lobe developed from the elongation of distal border of the anal fin, between about the 7th and the 13th branched rays, in males (Figure 9), whereas females present only the first rays of anal fin elongated. Vieira and Géry (1979) consider the prolongation of the first rays of the dorsal fin as exclusive to males. Here, both females and males with lengthy dorsal and anal fins extending to the caudal fin were analysed, and it is concluded that this character is not related to sexual dimorphism.…”

“…C. absconditus shows lepidophagous behaviour, with adults preferentially feeding on scales (Figure 10) and juveniles additionally feeding on insects (Vieira & Géry, 1979).…”